terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Retratos de Uma Vida (1) - O Meu Primeiro e Mais Belo Filme Erótico ao Vivo


Poder-se-á dizer que Carolina era uma rapariga sem amarras.
De todas as que integravam o nosso jovem grupo de amigos, era ela, como se costumava chamar nessa época, a mais dada, sem que entre nós atribuíssemos a essa designação qualquer carga prejorativa, pelo contrário.
Para tal, em muito contribuíra a fama que granjeara aos 12/13 anos de ter nos ter iniciado a todos na arte de beijar. E todos nós intimamente concordávamos que era inigualável a suavidade daqueles lábios de veludo a saber a morangos e manteiga fresca.
A sua liberdade mental inata, contrastava com a contenção das outras amigas – e mesmo um ou outro rapaz - , e por vezes, tornava-a alvo de algumas invejas e ciúmes. E no entanto, toda a gente gostava verdadeiramente dela. Especialmente o Julião, que foi o seu primeiro namorado, na real e total aceção da palavra.
Curiosamente, fui eu a primeira testemunha do consolidar da relação de ambos e da forma mais intensa possível.
Éramos uns 8, todos entre os 15 e os 17 anos. Saíramos depois do almoço, e após de uns 2 km a pé por caminhos de cabras, ali estava a nossa ribeira, fresca e saltitante, à espera dos nossos mergulhos tão apetecidos naqueles escaldantes dias de Agosto.
Contudo, naquele dia a minha disposição não era a melhor. Parecia que me excedera ao almoço e o estômago pesava-me. Assim sendo, pousei o saco com o lanche e os calções de banho ao lado de um dos grandes salgueiros que tombavam sobre a ribeira, arranjei um seixo grande e muito redondo que me serviria de almofada, e deitei-me com a firme intenção de ler o livro que levara – nunca mais me esqueci que era o meu primeiro livro da Agatha Christie que – mas a soneira levou a melhor, e fiquei assim amodorrado, ora de olhos fechados, ora entreabertos.
Passados uns minutos, apercebi-me de algum movimento junto a um dos salgueiros próximos. Com esforço, abri um pouco mais os olhos, e vi que o Julião se deitava à sombra da grande árvore enquanto a Carolina se ajeitava ao lado dele, apoiada no cotovelo direito com a cabeça apoiada na mão, enquanto a esquerda ia acariciando o rosto e o peito nu do rapaz. Pouco depois, começou a beijá-lo, correspondendo ele, a princípio constrangido – afinal, não estavam sós – mas aos poucos, foi perdendo a inibição e agarrou-se a ela sofregamente.
Nesta altura, quem já estava constrangido era eu, sentia bem as faces a arder, queria desviar os olhos, mas a minha faceta de voyeur, a minha curiosidade ou excitação adolescente, levou a melhor. E a situação foi tomando outras proporções quando a rapariga o empurrou e sem qualquer tipo de vergonha, passou uma das pernas sobre os quadris dele, ficando soerguida sobre o rapaz, apoiada nos joelhos. Debruçou-se sobre ele, empurrou-lhe ligeiramente a cabeça para trás, e começou a beijá-lo no pescoço, o que o deixou visivelmente excitado.
Ele endireitou-se um pouco, puxou-lhe as alças do vestido para os lados, e ali ficou ela, imponente na sua beleza, as pequenas mamas rosadas, turgidas e erectas, uma visão do paraíso como eu o imaginava.
E então, ela meteu uma das mãos sob o vestido, numa manobra que demorou uns segundos, e que, a princípio não percebi, santa ingenuidade. Retirou a mão, e os quadris dela começaram a descer muito lentamente sobre os dele, ao mesmo tempo que as faces de ambos ia acerejando e o pescoço dele se arqueava. Depois, ela voltou a levantar as ancas muito lentamente e a descê-las uma outra vez, e assim por várias vezes. E o corpo dele movia-se ao ritmo do dela, devagar, delicadamente. Não estava muito perto, mas ainda assim ouvia-lhes os gemidos abafados.
A contenção não durou muito, pois breve os dois se abraçaram e ambos os corpos se movimentaram convulsamente durante uns segundos até que se sossegaram, ela sobre ele, como se ambos tivessem morrido abraçados um ao outro.
Pouco depois, ela saiu de cima dele as bochechas ainda afogueadas, compôs o vestido e sorriu-lhe. Olhou para o sítio onde eu estava, e eu, envergonhado, fingi que dormia.
Vi-os erguerem-se e o Julião parecia hipnotizado, olhos vidrados fixos no horizonte como se não estivesse bem certo sobre o que verdadeiramente lhe tinha acabado de acontecer, um sorriso parvo nos lábios e nem notou o pequeno derrame sanguíneo que lhe manchava as calças mesmo junto à união das pernas.
Ela, conduzindo-o pela mão, saltitante, uma cara feliz, um sorriso travesso como só ela tinha. Travesso. É essa a palavra. Parecia que tinha acabado de praticar uma traquinice sem que ninguém soubesse.
Para mim, pareceu-me mais tarde, que na altura, tinha assistido ao meu primeiro e mais belo filme erótico. E embora com uma pontinha de inveja, fiquei feliz por eles
 
(continua)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

10 Dias de Gripe, Mais de 39º de Febre e Alguns Assuntos Cheios de Actualidade

Podem não acreditar, mas a coisa passou-se mesmo como a seguir descrevo: A minha médica de família, e, segundo ela, dado o problema de saúde que me afectou nos últimos dois anos, receitou-me a vacina contra a gripe, aconselhando-me vivamente que me fizesse inocular.
Lá fui até à farmácia um bocado contrariado - nos últimos anos, as gripes só me têm afectado muito esporádicamente e de forma muito leve - mas se a médica o recomendava, ela lá sabia.
O farmacêutico que há muito me conhece,e é um rapaz muito simpático e prestável, ofereceu-se para me vacinar. Fomos até à salinha destinado a esse e outros actos médicos, como medição de pressão arterial, de colesterol, etc, e enquanto arregaçava a manga, comentei:
- Tá-se mesmo a ver que, se nos anos anteriores, não tomando vacina não tive gripe, este ano é certinho, vem aí uma gripe!
O farmacêutico riu-se, mas não demorou muito tempo a provar-se que eu tinha razão. No domingo da semana passada, e depois de uma infeliz passagem pelas mãos do barbeiro, comecei a sentir os efeitos habituais da gripe: tosse, arrepios, dores no corpo, e por fim a febre. E nem calculam como a febre me afecta, mesmo que não passe os 37,5º, que foi o que se passou até decidir-me ir ao médico na 4ª feira.
Mas parece que foi pior a emenda que o soneto: já medicado condorme as indicações da médica, nesse mesmo dia estava com mais de 39º de febre, e assim me mantive até 6ª feira, altura em que a malvada começou a baixar gradualmente, até limites aceitáveis no domingo. E desde então, tenho estado a tentar recuperar, e está difícil, mas pelo menos, já consigo sair de casa, embora carregado de roupa.
Portanto, é fácil de prever que nunca mais vou apanhar com a vacina anti-gripe.
Entretanto, tive um telefonema muito atencioso do Marcelino. Foi assim a conversa:
- Ói! Preciso de falar contigo com muita urgência.
Como percebi logo qual a origem da urgência dele, tive a presença de espírito de lhe responder assim: - Ok, se quiseres vir cá a casa...Mas olha que eu estou doente.
- Ah! é? E o que é que tens?
- Papeira! Largou um palavrão começado em f e acabado em -se, e acrescentou: essa merda pode descer aos tomates e um gajo pode nunca mais ser pai! Ok, falo contigo quando estiveres bom!
A sensibilidade do Marcelino toca-me sempre fundo.

E pronto, foi embrulhado em edredons, de termómetro debaixo do braço e uma dose cavalar de antibióticos, e a ver (mal) televisão ou a dormir que passei os últimos dez dias.
Contudo, deu para me aperceber de alguns factos interessantes que se iam passando - nos momentos de lucidez, conseguia perceber as notícias - e assim tomei nota do seguinte:
- Começou um programa na TVI que reune na antiga Casa dos Degredos, alguns dos seus mais notórios habitantes das suas 2 últimas edições. Pelo que se me ofereceu ver, aquilo parece a Capela dos Ossos: há ali crâneos a dar com um pau
- Gerou-se uma grande polémica acerca dos desejos para o novo ano de uma blogger chamada Pepa Xavier, visto que um dos seus mais ardentes desejos, seria ter uma mala clássica da Chanel. Ainda não percebi qual a razão de tanto alarido. A única questão que eu poria à Pepa (além da recomendação de uma boa professora de dicção) seria  de ordem estética: acho que ia muito melhor servida com uma Birkin da Hermés.
A sério, parece que há muita gente que ainda não assimilou que não há mal nenhum em querer viver melhor ou mesmo querer ser rico e usufruir do que o dinheiro pode oferecer. Mal, mal é a corja que nos governa, querer que acabemos todos no limiar da pobreza.
- Já decidi que, se contra o que é hábito, não receber reembolso do IRS e, acabar por ter que pagar algum, vou fazer um requerimento para o pagar em duodécimos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fashion Blogger is back!

E mesmo com sol, está um frio do caraças| Por isso, ontem tive mesmo que sair com vestes de inverno, sobretudo e cachecol incluido. Mesmo assim, não me safei da tal gripe! Tudo culpa do barbeiro!

 
Já um pouco mais aliviado de roupa.
 
 
 
Pormenores da farpela
 
 
 
 
E agora, para cumprir com as regras do verdadeiro fashion blogger, eis a proveniência das peças:
Sobretudo de lã/caxemira: Dielmar
Casaco de lambswool : Dielmar
Camisa, calças de flanela de lã, e lenço de seda: Wesley
Gravata de caxemira e suspensórios: Drakes
Sapatos monkstrap hand-grade: Crockett & Jones


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Night' Music (92) - Nick Cave and the Bad Seeds - Fifteen Feet of Pure Snow


Eu bem disse que o gajo tinha cortado demais!

Estou com uma gripe que nem me aguento!

Freckles! Quem não gosta das belezas sardentas=

 
 

2012 - O Ano do Meu Quase Divórcio...

…do Cinema
Pois é, 2012 marcou o meu quase divórcio com o cinema. Algumas condicionantes (por exemplo, cada vez tenho mais dificuldades em aguentar um filme de uma ponta a outra sem intervalo e as pipocas ainda menos), a que se juntou algum desinteresse pela cinematografia exibida durante os 366 dias, fez com que eu quase não pusesse os pés no cinema.
Claro que, sentado no sofá consegui ver alguma coisa interessante, ao mesmo tempo que revia uns clássicos.
 
Mas como a vida é feita de compensações, tive mais tempo para ver televisão, e cheguei à conclusão (triste) de que os desgraçados que só têm acesso ao pacote básico (os 4 canais), podem-se considerar mesmo isso, desgraçados.
 
Com efeito, a programação dos 4 canais é de uma pobreza aflitiva. Poderia dizer que se safa alguma coisa do da RTP2, mas a verdade é que a programação da 2 já não é o que era, além do que a maioria dos programas aceitáveis, é emitida a horas impróprias para quem se levanta cedo para trabalhar.

 
Enfim, as únicas coisas que vi interessantes nos 4 canais foram a nova versão de “Gabriela” e o inevitável "5 para a Meia-Noite", sem qualquer dúvida, um dos “acontecimentos” em televisão dos últimos anos. (É verdade que os sketches humorísticos do Herman têm sempre um nível elevado, mas o resto do programa...) Até se pode dizer que esta Gabriela subverte a obra de Jorge Amado. É verdade, mas não se lhe pode tirar méritos: é uma produção de muito bom nível, bom casting com o senão de um Coronel Ramiro Bastos demasiado “novo”, boa condução de actores e excelentes fotografia e guarda-roupa.
De modo que face à aridez das programação das generalistas, a solução, é virarmo-nos para os canais por cabo. Neste post, vou, para já, ater-me às séries a que assisti em 2012, e não tenho dúvidas em afirmar que foi um razoável ano nesse particular.
Sem querer estar a, para já, estender-me muito em considerações, aqui vai uma lista das séries que vi em 2012, e que me mereceram atenção:
 
 
- Midsommer Murders
- Wallander
- Guerra dos Tronos
- Death in Paradise
- Boardwalk Empire
- Satisfaction
- The Tudors
- Memphis Beat
- Downtown Abbey
- Spartacus
- Luther
- Castle
- Lie to Me
- Poirot, os Filmes
  - Foyle’s War (T.8)
- Criminal Minds
- The Borgias
- The Good Wife
- Homeland
- The Body Farm
- The Killing
- Withechapel
- Trilogia Millennium
- Chamem a parteira
- Grandes esperanças

O enunciado das séries não está por ordem alfabética, ou pela minha ordem de preferências propositadamente. Baralhei para que quem se quisesse dar ao trabalho, me desse algum feedback sobre as que mais agradaram ou não.
Gostava mesmo de saber a vossa opinião, até porque da lista, constam algumas das melhores séries que vi até hoje.
Fica portanto o desafio. Depois, darei então nota da minha opinião sucinta sobre cada uma delas.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Um Conselho de Amigo:

...por muito bem e relaxados/as que se sintam com a massagem no couro cabeludo, e por muito grande que seja a tentação, nunca se deixem adormecer na cadeira do barbeiro/cabeleireiro







C$%#%o do barbeiro!!!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

As 1.000 Faces da Beleza (1)

 
 

Kate Upton and the Bouncing Boobs

 
 

E agora digam lá se até não dá vontade de praticar um desporto qualquer (desde que envolva manuseamento do bolas)

Apercebi-me que precisava de dar um toque no cabelo quando...

...há uns dias, ao entrar para um táxi, o taxista, mal olhando para mim, perguntou:
- É para onde, minha senhora?




Sacana do fogareiro...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2013 - Do Incremento do uso da Vaselina ou Os NovosTempos de Empalamento colectivo


Já nem me desculpo pela ausência, embora pudesse invocar o frio que me engadanha os dedos e não me deixa escrever.
Afinal, o que interessa é este ano que ora começa, e ao que se ouve, se adivinha muito divertido e de molde a deixar todos nós muito entusiasmados.
Um aparte para explicar o porquê de uma parte do titulo do post: certamente todos vocês sabem que a origem do nome Drácula, procede da história de um príncipe da Transilvânia de seu nome Vlad Dracul, posteriormente renomeado Vlad Tepes (empalador), devido ao seu interessantíssimo desporto favorito, que consistia em empalar inimigos, amigos e súbditos. E certamente toda a gente sabe o que significa empalar (para quem não sabe, a wikipédia está aí mesmo à mão) pelo que me escuso a mais explicações.
E tudo isto e o que segue me ocorreu depois de o Marcelino me ter convidado para ir ver o presépio que compôs na sua casa e que o próprio apelidou de “muito original”.
- Original? Não são todos iguais?
- Sim e não. Vais ver como tenho razão.
Na verdade, mal lhe pus a vista em cima, reparei que só tinha o Baltazar, faltavam os outros 2 reis magos.
- Só tinhas o rei mago preto?
- Em teoria, sim. Vês que ele leva um cofre dourado? É ouro para pagar a privatização da RTP. E se reparares bem, atrás vai o Gaspar.
- Mas aquilo é um boneco de fato e gravata!
- Pois! É o Gaspar, o carteirista. Não reparaste nas olheiras? Soube que ia dar-se uma grande concentração de gente na adoração do menino, e achou que era terreno propício para exercer o seu mister. O outro atrás igual a ele, era o Belchior, mas pediu equivalência e passou a chamar-se Miguel e também anda no cardanho. Pelo menos de licenciaturas.
Nesta altura, já eu estava um bocado azamboado, mas ainda deu para ver que o burro era um bocado estranho.
- Não, é mesmo um burro mas faz-se mula. Chama-se Aníbal.
Bem…havia mais umas quantas coisas estranhas, mas não quis esmiuçar mais não me fosse o Marcelino acabar por me fundir os fusíveis eu ainda me restam.
Quanto à vaselina, é óbvio para todos que nos vai ser muito útil a todos, pelo que prevejo que os laboratórios vão ter um acentuado aumento nos lucros.
De qualquer forma, desejo a todos um Ano muito feliz, e retribuo os votos que me deixaram aqui.
 
(Já agora, e a propósito de vaselina, vale a pena relembrar a história do homem que foi comprar 200 tubos grandes de vaselina a uma farmácia.
- Bem, não tenho essa quantidade enorme de tubos de vaselina, mas posso encomendar. Amanhã de manhã já cá os tenho.
- Ok. Amanhã por esta hora passo cá.
No dia seguinte de manhã, o homem voltou, e lá estava um caixote cheio de tubos de vaselina que meteu num táxi e pagou. O farmacêutico não conseguiu conter a curiosidade, pediu ao ajudante que tomasse conta do estabelecimento, meteu-se no seu automóvel e seguiu o táxi. Quando o homem chegou ao destino, tirou o caixote do táxi, pagou ao taxista, dirigiu-se a um carro de aspecto decadente e começou a barrá-lo com a vaselina. O farmacêutico não resistiu foi ter com o homem.
- Eh pá, você desculpe lá a minha curiosidade, mas não é todos os dias que alguém encomenda 200 tubos grandes de vaselina, e vim atrás de si para ver se descobria para que é que você queria tanta vaselina, e agora você está a passa-la nesse chaço?
- É mesmo. Sabe o que é? Decidi vender o meu Uno de 1992 e pus um anúncio. Ora houve um tipo que respondeu ao anúncio e hoje vem cá vê-lo, tá a perceber?
- Sim, e…?
- E eu vou pedir-lhe 5.000€ pelo carro. E é nessa altura que ele me vai mandar meter o carro no…
- Ok! Já percebi.)