Podem não acreditar, mas a coisa passou-se mesmo como a seguir descrevo:
A minha médica de família, e, segundo ela, dado o problema de saúde que me afectou nos últimos dois anos, receitou-me a vacina contra a gripe, aconselhando-me vivamente que me fizesse inocular.
Lá fui até à farmácia um bocado contrariado - nos últimos anos, as gripes só me têm afectado muito esporádicamente e de forma muito leve - mas se a médica o recomendava, ela lá sabia.
O farmacêutico que há muito me conhece,e é um rapaz muito simpático e prestável, ofereceu-se para me vacinar. Fomos até à salinha destinado a esse e outros actos médicos, como medição de pressão arterial, de colesterol, etc, e enquanto arregaçava a manga, comentei:
- Tá-se mesmo a ver que, se nos anos anteriores, não tomando vacina não tive gripe, este ano é certinho, vem aí uma gripe!
O farmacêutico riu-se, mas não demorou muito tempo a provar-se que eu tinha razão. No domingo da semana passada, e depois de uma infeliz passagem pelas mãos do barbeiro, comecei a sentir os efeitos habituais da gripe: tosse, arrepios, dores no corpo, e por fim a febre. E nem calculam como a febre me afecta, mesmo que não passe os 37,5º, que foi o que se passou até decidir-me ir ao médico na 4ª feira.
Mas parece que foi pior a emenda que o soneto: já medicado condorme as indicações da médica, nesse mesmo dia estava com mais de 39º de febre, e assim me mantive até 6ª feira, altura em que a malvada começou a baixar gradualmente, até limites aceitáveis no domingo. E desde então, tenho estado a tentar recuperar, e está difícil, mas pelo menos, já consigo sair de casa, embora carregado de roupa.
Portanto, é fácil de prever que nunca mais vou apanhar com a vacina anti-gripe.
Entretanto, tive um telefonema muito atencioso do Marcelino. Foi assim a conversa:
- Ói! Preciso de falar contigo com muita urgência.
Como percebi logo qual a origem da urgência dele, tive a presença de espírito de lhe responder assim:
- Ok, se quiseres vir cá a casa...Mas olha que eu estou doente.
- Ah! é? E o que é que tens?
- Papeira!
Largou um palavrão começado em f e acabado em -se, e acrescentou: essa merda pode descer aos tomates e um gajo pode nunca mais ser pai! Ok, falo contigo quando estiveres bom!
A sensibilidade do Marcelino toca-me sempre fundo.
E pronto, foi embrulhado em edredons, de termómetro debaixo do braço e uma dose cavalar de antibióticos, e a ver (mal) televisão ou a dormir que passei os últimos dez dias.
Contudo, deu para me aperceber de alguns factos interessantes que se iam passando - nos momentos de lucidez, conseguia perceber as notícias - e assim tomei nota do seguinte:
- Começou um programa na TVI que reune na antiga Casa dos Degredos, alguns dos seus mais notórios habitantes das suas 2 últimas edições. Pelo que se me ofereceu ver, aquilo parece a Capela dos Ossos: há ali crâneos a dar com um pau
- Gerou-se uma grande polémica acerca dos desejos para o novo ano de uma blogger chamada Pepa Xavier, visto que um dos seus mais ardentes desejos, seria ter uma mala clássica da Chanel. Ainda não percebi qual a razão de tanto alarido. A única questão que eu poria à Pepa (além da recomendação de uma boa professora de dicção) seria de ordem estética: acho que ia muito melhor servida com uma Birkin da Hermés.
A sério, parece que há muita gente que ainda não assimilou que não há mal nenhum em querer viver melhor ou mesmo querer ser rico e usufruir do que o dinheiro pode oferecer. Mal, mal é a corja que nos governa, querer que acabemos todos no limiar da pobreza.
- Já decidi que, se contra o que é hábito, não receber reembolso do IRS e, acabar por ter que pagar algum, vou fazer um requerimento para o pagar em duodécimos.
As melhoras Vic!
ResponderEliminar(a da papeira foi brilhantemente lançada ao Mrcelino, bem lembrado!)
;)
O que vale é que a febre não te atinge o hmor e a vontade de continuar a par das novidades do nosso querido país.
ResponderEliminarLamento saber-te doente.
Não te assustes, mas sabes que há pessoas que morrem por se vacinarem? Em pequenissima percentagem, mas morrem. Na verdade, a vacinação é pôr-nos os germes das doenças com o intuito de ganharmos defesas como sabes. Raramete acontece o contrário, mas acontece.
Fizeste bem com o Marcelino, mas fico curiosa das noticias que virão por aí.
Quanto à Pepa, também não vejo mal algum em desejar bens materiais desde que não se percam de vista certas prioridades.
Olha o Mourinho sempre a viajar de bagagem LV.
Eu gostava de ser uma espécie de José castelo Branco sem a ostentação.
Há marcas que gosto.
uanto ao IRS nem comento, ainda não absorvi...
Deixo-te com o teu cházinho e votos de sinceras rápidas melhoras.
Beijinho
Nunca fui muito a favor dessa vacina... Agora tu já sabes!
ResponderEliminarDesejo-te as melhoras ;)
Pregaste um valente susto ao Marcelino, hehehe
Espero que já estejas melhor da gripe, mas que a papeira se prolongue pelo tempo que quiseres manter o Marcelino à distância.:)
ResponderEliminar:))) Vic, as melhoras!
ResponderEliminarA ideia do pagamento do IRS em duodécimos é muito boa.
As melhoras. Sou apologista do pagamento do IRS em duodécimos. Ah...e sem dúvida que a Pépa tem mau gosto...a Birkin é muito melhor!
ResponderEliminarEu cá prefiro as bolsas e carteiras de qualquer marca com um bom talão de cheques e uma pilha de dinheiro...
ResponderEliminarA vantagem da papeira, graças à iluminação médica do sr. Marcelino, o Vic pode esticar esta grave e frequente doença por dias e dias..
As melhorrrraaaaaaaaasssssssss Vic ;)
ResponderEliminarAs melhoras da gripalhada!
ResponderEliminarBoa resposta para o teu amigo Marcelino que, como sempre, é um poço de sensibilidade! :)))
Estou contigo na dos duodécimos.
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