sábado, 29 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Rápidas
Eleições, 3 notas:
- Desde logo, uma declaração de interesses: das televisões generalistas nacionais, sempre preferi a RTP. Mesmo com os seus muitos defeitos, e apesar das manipulações de que se diz ser vítima, continua a sua informação a ser a que vejo com mais regularidade pela certeza na verdade e isenção patente no que me é dado a conhecer.
Mas do que queria falar é do aproveitamento que é feito em certos meios televisivos, de assuntos que apelam mais ao nosso lado, digamos, voyeurista, como o caso Casa Pia, Face Oculta, Apito Dourado ou outros do mesmo género, e de que é exemplo actual o assassinato de um conhecido “jornalista” social.
Por razões pessoais, tenho passado as manhãs das últimas semanas em casa, e, ao mesmo tempo que faço outras coisas, “ouço” o que se diz no canal em que calha estar sintonizada a TV. Ora um ou dois dias depois do triste acontecimento, o aparelho estava na SIC, e ouvi um painel de comentadores a tecerem considerações sobre o caso. No dia seguinte, e à mesma hora, exactamente o mesmo, e no a seguir o mesmo, e assim sucessivamente. Isto é, a SIC, no seu programa da manhã, tem actualmente uma espécie de “coluna” liderada sempre pelo mesmo “jornalista”, com opinação exclusiva sobre o caso, parece, mais escaldante da nossa actualidade.
Pessoalmente e sobre o caso, vejo capas de revista cor-de-rosa no escaparate do jornaleiro com as fotos dos 2 protagonistas em todas elas, soube do insólito apelo ao cordão humano e vigília a favor do presumível autor do crime, mas evitei ler o que quer que fosse em blogues, uma vez que já sei no que normalmente estas coisas dão: divide-se a malta a meio discute-se a coisa como é nosso costume discutir o futebolês. Pior ainda, o caso vertente é susceptível de desencandear ondas de homofobia ou de condenação antecipada. Que é o que se tem passado na Sic. Como já disse, sob a batuta do douto “jornalista”, e com base nas mais variadas e delirantes especulações, tem-se erguido um libelo acusatório contra o arguido. Não sei se o que move o senhor é um corporativismo exacerbado, uma fobia de “apresentar serviço” ou outra qualquer intenção.
O que sei é que um canal de televisão respeitável, não deveria permitir que num seu programa se desse forma a um tribunal sumário.
- O discurso de Cavaco coincidiu perfeitamente com a imagem (muito má) que tenho dele. Como é que agora pode proclamar que será o “presidente de todos os portugueses” depois daquele chorrilho de ataques a roçar a mesquinhez que desferiu contra os seus adversários, e consequentemente todos os seus (deles) apoiantes?
- Sócrates deve ter respirado de alívio: a não haver nenhum acontecimento muito extraordinário, desta é que se viu livre da pedra no sapato que constituía Manuel Alegre.
- O mesmo não poderá dizer A. J. Jardim: depois do enfarte, a dor de cabeça chamada José Manuel Coelho, que, ao que me parece, poder-se-á erguer como alternativa válida em próximas eleições regionais
- Sócrates deve ter respirado de alívio: a não haver nenhum acontecimento muito extraordinário, desta é que se viu livre da pedra no sapato que constituía Manuel Alegre.
- O mesmo não poderá dizer A. J. Jardim: depois do enfarte, a dor de cabeça chamada José Manuel Coelho, que, ao que me parece, poder-se-á erguer como alternativa válida em próximas eleições regionais
Futebol: 2 notas:
O meu clube permanece igual a si próprio, pelo menos desde que esta linhagem tomou conta das rédeas do poder, isto é, um clube cada vez mais afastado dos sócios, mais elitista e dirigido com evidente incompetência. O meu pai, de quem herdei o sportinguismo, dizia que era do Sporting, porque este era um clube de elite. Mas para ele, isto queria dizer que o Sporting era “um clube diferente”, não que fosse um daqueles clubes ingleses, género “clube do Bolinha”.
Veremos o que nos trazem as próximas eleições. Oxalá não nos apareça outro presidente que desvalorize - ou deixe desvalorizar – jogadores, que compre jogadores por catálogo ou a caminho da reforma, nem contrate treinadores de 3ª categoria.
- Os acontecimentos após o jogo de ontem do SLB não me chocaram. Mas sempre estou para ver o que dizem agora os que crucificaram Scolari quando foi protagonista de um episódio em tudo idêntico. Ah! E já agora, tambem fico à espera de ver se a pena terá algo a ver com o que se “exigiu” para o treinador brasileiro (cheguei a ler que a FPF tinha todo o direito, quiçá a obrigação, de rescindir contrato unilateralmente).
Veremos o que nos trazem as próximas eleições. Oxalá não nos apareça outro presidente que desvalorize - ou deixe desvalorizar – jogadores, que compre jogadores por catálogo ou a caminho da reforma, nem contrate treinadores de 3ª categoria.
- Os acontecimentos após o jogo de ontem do SLB não me chocaram. Mas sempre estou para ver o que dizem agora os que crucificaram Scolari quando foi protagonista de um episódio em tudo idêntico. Ah! E já agora, tambem fico à espera de ver se a pena terá algo a ver com o que se “exigiu” para o treinador brasileiro (cheguei a ler que a FPF tinha todo o direito, quiçá a obrigação, de rescindir contrato unilateralmente).
A televisão que temos:
- Desde logo, uma declaração de interesses: das televisões generalistas nacionais, sempre preferi a RTP. Mesmo com os seus muitos defeitos, e apesar das manipulações de que se diz ser vítima, continua a sua informação a ser a que vejo com mais regularidade pela certeza na verdade e isenção patente no que me é dado a conhecer.
Mas do que queria falar é do aproveitamento que é feito em certos meios televisivos, de assuntos que apelam mais ao nosso lado, digamos, voyeurista, como o caso Casa Pia, Face Oculta, Apito Dourado ou outros do mesmo género, e de que é exemplo actual o assassinato de um conhecido “jornalista” social.
Por razões pessoais, tenho passado as manhãs das últimas semanas em casa, e, ao mesmo tempo que faço outras coisas, “ouço” o que se diz no canal em que calha estar sintonizada a TV. Ora um ou dois dias depois do triste acontecimento, o aparelho estava na SIC, e ouvi um painel de comentadores a tecerem considerações sobre o caso. No dia seguinte, e à mesma hora, exactamente o mesmo, e no a seguir o mesmo, e assim sucessivamente. Isto é, a SIC, no seu programa da manhã, tem actualmente uma espécie de “coluna” liderada sempre pelo mesmo “jornalista”, com opinação exclusiva sobre o caso, parece, mais escaldante da nossa actualidade.
Pessoalmente e sobre o caso, vejo capas de revista cor-de-rosa no escaparate do jornaleiro com as fotos dos 2 protagonistas em todas elas, soube do insólito apelo ao cordão humano e vigília a favor do presumível autor do crime, mas evitei ler o que quer que fosse em blogues, uma vez que já sei no que normalmente estas coisas dão: divide-se a malta a meio discute-se a coisa como é nosso costume discutir o futebolês. Pior ainda, o caso vertente é susceptível de desencandear ondas de homofobia ou de condenação antecipada. Que é o que se tem passado na Sic. Como já disse, sob a batuta do douto “jornalista”, e com base nas mais variadas e delirantes especulações, tem-se erguido um libelo acusatório contra o arguido. Não sei se o que move o senhor é um corporativismo exacerbado, uma fobia de “apresentar serviço” ou outra qualquer intenção.
O que sei é que um canal de televisão respeitável, não deveria permitir que num seu programa se desse forma a um tribunal sumário.
- A produção nacional para televisão é parca em qualidade, e resume-se quase só à produção de telenovelas. Que detesto.
Fiquei, portanto, muito impressionado com a qualidade de quatro miniséries exibidas pela RTP1 na altura das comemorações do centenário da República.
Ah! e já agora, tiro o chapéu ao início da 4ª série do "5 para a Meia Noite", o único programa de televisão de que não falho uma emissão.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Coisas de homem (ou de gajo)...- I
De há muito que ouço dizer que, segundo os mais reputados psicanalistas – que conseguem explicação para tudo, coisa que sinceramente admiro – todo o homem tem o seu lado feminino.
Pela minha parte, e depois de uma intensa introspecção, descobri que esse pedaço menos evidente de mim, talvez tivesse que ver com o meu fraco por sapatos, fraqueza que partilho, sei-o bem, com a maioria das mulheres que conheço, pessoal ou virtualmente (neste caso, a constatação vem do muito que tenho lido aí pelos blogs).
Contudo, divergimos, eu e a maioria das mulheres, no que tem que ver com a questão do “estar na moda”. Na verdade, enquanto a maior parte das mulheres aspiram pelo último modelo do Manolo Blahnik ou de Christian Louboutin, eu mantenho os meus gostos muito clássicos, e quem me tira uns “brogues” ou uns “loafers” clássicos, tira-me tudo. É evidente que me não são indiferentes as marcas, até porque as minhas preferidas são uma garantia de qualidade. Mas, como refiro, não procuro o último grito da moda, e sim a “good old english leather”.
Voltando aos fins dos anos 60, altura em que comecei a comprar os meus próprios sapatos, recordo que comprava bons sapatos nacionais na Presidente ou na Luís XV, embora já os olhos me fugissem para os Church, só que a diferença de preço era realmente abissal, e a diferença de qualidade não me parecia compensar. Com o andar dos tempos, a chegada das peles sintéticas e umas criações que se pretendiam avant-garde mas não passavam de patetas, cada vez mais me fui afastando do sapato nacional. Na verdade, parece-me que actualmente se fazem melhores sapatos para exportação que para consumo interno, e a Mack James é só um exemplo de marca que, ao que parece, tem modelos bem concebidos e de qualidade, mas que raramente se encontram à venda com facilidade. Geralmente, o sapato português tem um design fraco (na minha óptica, naturalmente), e é pouco durável.
Pela minha parte, e depois de uma intensa introspecção, descobri que esse pedaço menos evidente de mim, talvez tivesse que ver com o meu fraco por sapatos, fraqueza que partilho, sei-o bem, com a maioria das mulheres que conheço, pessoal ou virtualmente (neste caso, a constatação vem do muito que tenho lido aí pelos blogs).
Contudo, divergimos, eu e a maioria das mulheres, no que tem que ver com a questão do “estar na moda”. Na verdade, enquanto a maior parte das mulheres aspiram pelo último modelo do Manolo Blahnik ou de Christian Louboutin, eu mantenho os meus gostos muito clássicos, e quem me tira uns “brogues” ou uns “loafers” clássicos, tira-me tudo. É evidente que me não são indiferentes as marcas, até porque as minhas preferidas são uma garantia de qualidade. Mas, como refiro, não procuro o último grito da moda, e sim a “good old english leather”.
Voltando aos fins dos anos 60, altura em que comecei a comprar os meus próprios sapatos, recordo que comprava bons sapatos nacionais na Presidente ou na Luís XV, embora já os olhos me fugissem para os Church, só que a diferença de preço era realmente abissal, e a diferença de qualidade não me parecia compensar. Com o andar dos tempos, a chegada das peles sintéticas e umas criações que se pretendiam avant-garde mas não passavam de patetas, cada vez mais me fui afastando do sapato nacional. Na verdade, parece-me que actualmente se fazem melhores sapatos para exportação que para consumo interno, e a Mack James é só um exemplo de marca que, ao que parece, tem modelos bem concebidos e de qualidade, mas que raramente se encontram à venda com facilidade. Geralmente, o sapato português tem um design fraco (na minha óptica, naturalmente), e é pouco durável.
Resultado, hoje as minhas preferências vão definitivamente para os produtos das fábricas de Northamptom, especialmente os Crockett & Jones, Edward Green ou Church. Claro que há melhor, e se forem daqueles feitos por medida pelo John Lobb, Foster ou mesmo pelos italianos da Bontoni, então nem se fala. Mas aí já entramos em preços quase proibitivos, e nem me parece que a exclusividade compense despender tais verbas. Afinal, tenho uns modestos “brogues” da Church que já vão no seu 12º aniversário, e continuam ali para as curvas. Ora o que verdadeiramente procuro num par de sapatos é que a relação qualidade/preço seja óptima, e a qualidade não se resume ao conforto que o sapato nos fornece, mas também à sua longevidade, que dá sempre uma patine muito especial aos sapatos, sejam eles bem cuidados.
Os da imagem, encomendei-os há uns meses atrás numa loja de Lisboa. São uns “chestnut single monk”, calçam que é uma maravilha e a cada vez que são engraxados, me parecem ficar mais bonitos.
Generalidades
Crockett and Jones
sábado, 15 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Reviver...
Poderá parecer a alguns estranha, esta reactivação do blog, inerte há cerca de 4 meses. Tem uma razão de ser, e um dia destes poderá acontecer eu vir a explicitá-la. Mas por ora, ficará mesmo só por aqui: entra novamente em laboração, mas sem mais explicações.
Um dia destes calhou dar uma saltada ao Jardim das Amoreiras, local onde passava boa parte dos meus dias, de garoto e depois, de adolescente.
Encostado á parede de um dos belos arcos do aqueduto, dei comigo a pensar que aquele já não era o “meu” Jardim das Amoreiras. Sei que pode parecer saudosista, mas não é disso que se trata. É verdade que o Jardim agora até está bonito: arranjado (embora não aprecie aquela mistura térrea que puseram nos caminhos), com um agradável quiosque e bem frequentado, mas…falta-lhe a “alma” que dantes tinha. A alma que lhe era dada pela quantidade de rapazes da minha idade que pelos idos 60 o frequentavam e eram muitos.
Sei que a época é outra, mas não deixa de ser triste recordar que quando eu tinha 10 anos, a minha mãe, com todo o à vontade, me deixava sair de casa sózinho para ir até lá encontrar-me com os meus amigos, havendo mesmo alturas em que, pasme-se, me deixava levar o meu irmão, então com 2 anos, sendo que hoje, nenhuma mãe se atreve a deixar sair de casa sózinho, o seu rebento pré-adolescente.
Que pena que neste aspecto da nossa vida se assista a uma desgraçada involução.
Um dia destes calhou dar uma saltada ao Jardim das Amoreiras, local onde passava boa parte dos meus dias, de garoto e depois, de adolescente.
Encostado á parede de um dos belos arcos do aqueduto, dei comigo a pensar que aquele já não era o “meu” Jardim das Amoreiras. Sei que pode parecer saudosista, mas não é disso que se trata. É verdade que o Jardim agora até está bonito: arranjado (embora não aprecie aquela mistura térrea que puseram nos caminhos), com um agradável quiosque e bem frequentado, mas…falta-lhe a “alma” que dantes tinha. A alma que lhe era dada pela quantidade de rapazes da minha idade que pelos idos 60 o frequentavam e eram muitos.
Sei que a época é outra, mas não deixa de ser triste recordar que quando eu tinha 10 anos, a minha mãe, com todo o à vontade, me deixava sair de casa sózinho para ir até lá encontrar-me com os meus amigos, havendo mesmo alturas em que, pasme-se, me deixava levar o meu irmão, então com 2 anos, sendo que hoje, nenhuma mãe se atreve a deixar sair de casa sózinho, o seu rebento pré-adolescente.
Que pena que neste aspecto da nossa vida se assista a uma desgraçada involução.
Generalidades
Jardim das Amoreiras
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