segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rápidas

Eleições, 3 notas:

- O discurso de Cavaco coincidiu perfeitamente com a imagem (muito má) que tenho dele. Como é que agora pode proclamar que será o “presidente de todos os portugueses” depois daquele chorrilho de ataques a roçar a mesquinhez que desferiu contra os seus adversários, e consequentemente todos os seus (deles) apoiantes?
- Sócrates deve ter respirado de alívio: a não haver nenhum acontecimento muito extraordinário, desta é que se viu livre da pedra no sapato que constituía Manuel Alegre.
- O mesmo não poderá dizer A. J. Jardim: depois do enfarte, a dor de cabeça chamada José Manuel Coelho, que, ao que me parece, poder-se-á erguer como alternativa válida em próximas eleições regionais
Futebol: 2 notas:
O meu clube permanece igual a si próprio, pelo menos desde que esta linhagem tomou conta das rédeas do poder, isto é, um clube cada vez mais afastado dos sócios, mais elitista e dirigido com evidente incompetência. O meu pai, de quem herdei o sportinguismo, dizia que era do Sporting, porque este era um clube de elite. Mas para ele, isto queria dizer que o Sporting era “um clube diferente”, não que fosse um daqueles clubes ingleses, género “clube do Bolinha”.
Veremos o que nos trazem as próximas eleições. Oxalá não nos apareça outro presidente que desvalorize - ou deixe desvalorizar – jogadores, que compre jogadores por catálogo ou a caminho da reforma, nem contrate treinadores de 3ª categoria.
- Os acontecimentos após o jogo de ontem do SLB não me chocaram. Mas sempre estou para ver o que dizem agora os que crucificaram Scolari quando foi protagonista de um episódio em tudo idêntico. Ah! E já agora, tambem fico à espera de ver se a pena terá algo a ver com o que se “exigiu” para o treinador brasileiro (cheguei a ler que a FPF tinha todo o direito, quiçá a obrigação, de rescindir contrato unilateralmente).
A televisão que temos:

- Desde logo, uma declaração de interesses: das televisões generalistas nacionais, sempre preferi a RTP. Mesmo com os seus muitos defeitos, e apesar das manipulações de que se diz ser vítima, continua a sua informação a ser a que vejo com mais regularidade pela certeza na verdade e isenção patente no que me é dado a conhecer.
Mas do que queria falar é do aproveitamento que é feito em certos meios televisivos, de assuntos que apelam mais ao nosso lado, digamos, voyeurista, como o caso Casa Pia, Face Oculta, Apito Dourado ou outros do mesmo género, e de que é exemplo actual o assassinato de um conhecido “jornalista” social.
Por razões pessoais, tenho passado as manhãs das últimas semanas em casa, e, ao mesmo tempo que faço outras coisas, “ouço” o que se diz no canal em que calha estar sintonizada a TV. Ora um ou dois dias depois do triste acontecimento, o aparelho estava na SIC, e ouvi um painel de comentadores a tecerem considerações sobre o caso. No dia seguinte, e à mesma hora, exactamente o mesmo, e no a seguir o mesmo, e assim sucessivamente. Isto é, a SIC, no seu programa da manhã, tem actualmente uma espécie de “coluna” liderada sempre pelo mesmo “jornalista”, com opinação exclusiva sobre o caso, parece, mais escaldante da nossa actualidade.
Pessoalmente e sobre o caso, vejo capas de revista cor-de-rosa no escaparate do jornaleiro com as fotos dos 2 protagonistas em todas elas, soube do insólito apelo ao cordão humano e vigília a favor do presumível autor do crime, mas evitei ler o que quer que fosse em blogues, uma vez que já sei no que normalmente estas coisas dão: divide-se a malta a meio discute-se a coisa como é nosso costume discutir o futebolês. Pior ainda, o caso vertente é susceptível de desencandear ondas de homofobia ou de condenação antecipada. Que é o que se tem passado na Sic. Como já disse, sob a batuta do douto “jornalista”, e com base nas mais variadas e delirantes especulações, tem-se erguido um libelo acusatório contra o arguido. Não sei se o que move o senhor é um corporativismo exacerbado, uma fobia de “apresentar serviço” ou outra qualquer intenção.
O que sei é que um canal de televisão respeitável, não deveria permitir que num seu programa se desse forma a um tribunal sumário.
- A produção nacional para televisão é parca em qualidade, e resume-se quase só à produção de telenovelas. Que detesto.
Fiquei, portanto, muito impressionado com a qualidade de quatro miniséries exibidas pela RTP1 na altura das comemorações do centenário da República.
Ah! e já agora, tiro o chapéu ao início da 4ª série do "5 para a Meia Noite", o único programa de televisão de que não falho uma emissão.

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Eu leio todos com atenção. Mas pode não ser logo, porque sou uma pessoa muito ocupada a preencher tempos livres!