sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Um País Que Já não Sabe Raciocinar?
Hoje é a sério.
Nesta semana que passou, ocorreram dois ou três episódios que mereceram a minha reflexão.
O 1º foi aquele no Prós e Contras, do jovem empreendedor de 16 anos, que teve a ideia de mandar fazer umas roupas cool e cujo negócio prosperou tanto que agora já exporta e tudo, e que a certa altura do discurso, foi interrompido por uma das convidadas do programa, que lhe chamou a atenção para o salário (mínimo) pago normalmente nas fábricas de confecção.
Respondeu-lhe o moço, que era preferível os trabalhadores ganharem o salário mínimo que estarem no desemprego.
Quem ouvisse e analisasse com atenção o “diálogo” louvaria a noção de empreendedorismo do rapaz, não deixando, no entanto, de dar também razão à observação da interlocutora.
Pelo contrário, o que sucedeu pelas redes sociais foi uma espécie de batalha direita/esquerda, pró/contra as posições dos dois interlocutores.
Se tivessem tido a paciência e a frieza de analisarem ambas as intervenções reparariam e anotariam que se o rapazinho não tivesse atrás de si o respaldo financeiro de um adulto (provavelmente o pai) a boa ideia do moço, não sairia do papel.
Ninguém acredita – digo eu – que qualquer rapaz de 16 anos (ou até um adulto) que se apresente hoje numa entidade bancária com uma boa ideia numa mão e o pedido de financiamento na outra, não receba com toda a certeza como resposta, uma sonora gargalhada.
Depois, a intervenção da interlocutora, embora razoável, foi pouco inteligente no seu timing, e recebeu uma resposta completamente demagógica (embora desculpável face à idade do rapaz, que se deve ter limitado a repetir o que tem ouvido vezes sem conta) que foi imediatamente aplaudida por uma plateia que, qual cão de Pavlov, nem sequer reflectiu que o que o rapaz no fundo disse, é que é preferível passar fome do que ser um sem-abrigo.
(os outros dois, ficam para mais logo)
domingo, 26 de maio de 2013
sábado, 25 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Quem Gosta de Lutas de Gajas?
Daquelas com muitos puxões de cabelos e muitos gritinhos e tudo e tudo?
Pois os/as adeptos/as podem ter esperança de que em breves assistiremos a uma bela refrega com direito a reportagem com imagens fotográficas e de televisão.
Sim, que eu não acredito que a Pipoca se fique, tendo em vista a freguesia que vai perder, sem fazer uma espera a Cristina Ferreira por causa disto.
E oxalá o Goucha e o Arrumadinho se metam, para termos a tenda armada em grande e o histerismo atingir o paroxismo.
Estou aqui numa ansiedade que nem posso: Porrada! Porrada!
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Fashion Blogger - Eis as Fotos que Arruinaram...
...a minha fama de Fashion Blogger e me mostram como um rústico. Malditos paparazzi!
Ainda por cima, demonstram que não tenho ido ao solário!
A última é publicidade gratuita à Cabo de Mar
A Repórter de Uma Televisão Generalista...
...a fazer directo da Feira do Livro, acabou de afirmar que durante os dias da Feira iam estar presentes vários escritores. Anunciou o nome de alguns, entre os quais o José Eduardo Égua Lusa, que eu realmente não conheço.
Está bem que não tenho lido muito nos últimos tempos, mas não conhecer um autor que, pelos vistos é tão conhecido que até merece ser mencionado em notícia de televisão, já me parece demais.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Dúvida Existencial: Porque Será que as Meninas que Usam Saias Curtas...
...as estão sempre a puxar para baixo?
terça-feira, 21 de maio de 2013
Ando feito um invejoso do caraças nos últimos tempos
É verdade.
Nos últimos tempos ando mesmo invejoso em relação a coisas comezinhas como seja a minha figura em relação a outros.
Nos últimos tempos ando mesmo invejoso em relação a coisas comezinhas como seja a minha figura em relação a outros.
Por mais que faça, não consigo passar os 65 kg, e parece que não consigo encher bem os casacos, porque o meu tronco não adquire aquela forma de triângulo, de ombros largos e cintura estreita, como vejo nos manequins como este da fotografia.
É verdade que não vou ao ginásio há uns tempos (já tenho saudades das aulas de pilates, mas como fui banido...) e podem-me dizer que sou como aquele gajo que quer que lhe saia o Euromilhões sem jogar, mas a verdade é que antes também já ia pouco.
O que vale é que agora vêm aí os dias quentes, evito usar casacos, porque de camisa disfarça-se mais a falta de elegância.
Vão ver que é verdade, porque nos próximos dias já cá deixo umas fotos, pelo menos para ver se espanto a inveja.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Coincidências ou Efeitos Secundários?
Esta manhã, ao passear pelo meu bairro com a minha cadela - que é muito asseada e gosta de dar sempre o seu passeio higiénico - constatei que:
- o ambiente na tasca do Adérito era de cortar à faca, e o Adérito só me disse: "Hoje não vendo nada, c#$#&%@. Está tudo na ressaca".
- o ambiente na tasca do Adérito era de cortar à faca, e o Adérito só me disse: "Hoje não vendo nada, c#$#&%@. Está tudo na ressaca".
- a Suzete apareceu com um olho mais roxo que as vestes do Senhor dos Passos. Quando lhe perguntei o que tinha acontecido, disse-me que tinha ido contra a esquina de um dos armários da cozinha.
- a Glória descia a rua a coxear. Disse-me que tinha escorregado no chão da cozinha, que estava húmido.
- a Ivone estava no café 33 com um braço ao peito a contar a história de que tinha "escorregado nas escadas, que a vizinha do 1º andar tinha acabado de lavar", à Zulmira que quase não podia falar, porque lhe faltavam uns dentes.
Não sei o que é que se passou no bairro com as mulheres todas cheias de mazelas, isto parece uma praga do Egipto.
O Marcelino, quando expus a minha admiração, disse: "Se calhar tem a ver com o facto do Joaquim (é o marido da Suzete), o Simões (vive amancebado com a Glória), o Amadeu (é o marido da Ivone) e o Mendonça (é o marido da Zulmira) serem sócios do Benfica.
Não percebo bem o que tem uma coisa a ver com outra, mas se calhar desta, o Marcelino tem razão.
domingo, 19 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
Dúvida Existêncial: Que Seria do Zézé Camarinha...
...se eu lhe tivesse feito concorrência pelas praias do Algarve, nestes últimos 40 anos?
Penso nisso, e chego a ficar com pena do homenzinho, que hoje não passaria de um anónimo e seria eu a estar a brilhar agora no Big Brother Famosos, no meio daquela verdadeira constelação de Vip's de que nunca tinha ouvido falar.
*Diz o senhor Zezé que "papou"(sic) mais de mil mulheres. Pffff...
O Wilt Chamberlain também disse numa entrevista que à sua conta tinham "marchado" 3.000. E já morreu.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Desenrascar, um Verbo Português
Acho mesmo que é a única língua em que o verbo “desenrascar” existe, mesmo não tendo feito qualquer investigação, e baseando-me somente nas idiossincrasias dos meus compatriotas. E é um verbo que, no que me diz respeito, nunca resultou em meu favor-
A primeira vez que travei conhecimento com ele – o meu vocabulário ainda não era muito vasto – foi nas vésperas do exame de matemática do 2º ano do Liceu (ah! Velhos tempos em que ainda havia liceus) e quando disse a um colega meu de cujo já só me recordo a alcunha, “Pitágoras”, que estava lixado, porque estava completamente às escuras em relação à matéria do 3º período.
- Eh pá, isso é fácil. Faz uma cábula.
- O que é isso?
- És mesmo nabo. É um rolinho de papel pequenino onde escreves com letra pequenina as partes mais importantes da matéria. (bom…vocês devem saber como é, que aquilo se apertava na mão esquerda e se ia desenrolando e consultando quando necessário de preferência quando o professor não estivesse a ver, etc, etc…)
- Não consigo fazer isso, pá. A minha letra é muito grande além de que tenho a certeza de que era logo apagado - enfim, o meu dilema não era moral (naquela idade e nestas coisas a nossa noção de moral é sempre um bocado elástica) mas sim de ordem racional e de ter bem noção das minhas fragilidades.
- Bom, eu posso desenrascar-te. Faço-te uma cábula impecável, mas vais ter que pagar. Pode ser o 79 dos bonecos da bola.
Ora o 79 era o Perrichon do Sp. Braga e era o número mais difícil, o chamado número da bola. A minha reacção foi de quase horror e de lhe dar uma nega: aquele cromo tinha-me custado uma nota e muito tempo a conseguir.
Bem, com uma dor de alma do caraças, lá fui aliviado do Perrichon e recebi, ao fim de um par de horas, um rolinho escrito com uma letra miudinha e que parecia um mini rolo de papel higiénico.
Nesse dia ainda dei uma vista de olhos pela matéria em questão - duvidava um bocado da eficácia de estudos de última hora, mas a minha confiança no rolinho de papel também era muita - e no outro dia lá fui para o exame a tremer e com a cábula no bolso esquerdo. Escusado será dizer, que o papelinho de lá não saiu porque me acagacei de tal maneira que durante todo o tempo parecia que o sacana do professor não tirava os olhos de mim.
No final, o exame até não correu muito mal e eu fiquei a chorar o Perrichon pelo menos durante as férias todas.
O verbo que assim tinha entrado no meu léxico, regressou uns anos mais tarde, quando o Alexandre, conhecido no nosso círculo por Magoo por usar uns óculos com umas lentes que pareciam o fundo de uma garrafa, me abordou uma vez e me disse:
- Eh pá, f#$%-se, tens cá uma sorte com as gajas! Ainda ontem ias com três, hein? Bem me podias desenrascar uma. Não tenho sorte nenhuma com elas. Podia ser que se me as apresentasses...
É claro que não me admirava nada com a pouca sorte dele com as pequenas. É que, pelo menos naquela época, elas não achavam muita piada a um tipo que, quando falava, em cada frase, largava dois ou três palavrões.
- Tás enganado, Xandre. Devo ter a mesma sorte que tu. Duas delas eram minhas primas, e mesmo que não o fossem, já têm ambas namorado.
- E a outra? E a outra? Podias-me desenrascar com a outra.
- És parvo ou quê? A outra era a tua irmã.
Mais tarde, quando fui para a tropa, calhou-me ir para Cavalaria, e só quem por lá passou, sabe como aquilo era, um género de filme de terror ao ralenti, uma vez que os dias pareciam demorar semanas, e as tropelias que nos faziam eram inenarráveis.
Um dia na revista, o alferes que comandava o meu pelotão achou que eu tinha o cabelo grande e avisou-me que se aparecesse na parada do dia seguinte sem o cabelo cortado, ia-me arrepender.
Quando ele mandou destroçar, pedi licença para lhe falar e disse:
- Meu alferes, não sei como vou poder cortar o cabelo hoje, porque a barbearia agora está fechada, e a seguir ao jantar vamos logo para a instrução nocturna - ao que ele me respondeu arreganhando os dentes como um pastor alemão e num tom de voz capaz de me furar os tímpanos. Ambos.
- Desenrasque-se!!
É claro não me desenrasquei e no outro dia, o 1º a quem o gajo inspeccionou fui eu e lá me aplicou uma carecada e me cortou a ida a casa no fim de semana seguinte. Fiquei lindo. A minha cabeça com um bocadinho de creme hidratante parecia a bola branca do snooker. Andei três semanas a fazer a barba - e em cavalaria tinha que se fazer a barba duas vezes por dia - sem olhar para o espelho.
A partir daí e até hoje, muitas vezes eu ouvi o verbo, mas nunca em situações que me favorecessem. A última foi na semana passada. O Marcelino chegou-se ao pé de mim e disse-me:
- Eh pá, desenrasca-me aí 500 melins!
- Tu estás doido! Ou já te esqueceste de que foste almoçar à tasca do Adérito durante uma semana e lhe disseste que tinha sido eu que te tinha lá mandado ir comer em troca de umas canalizações que me tinhas ido arranjar lá em casa, um barrete do caraças, e que depois ia lá pagar. Tu lá percebes alguma coisa de canalizador! Ainda por cima, apanhei uma vergonhaça do caraças porque o Adérito veio-me cobrar ao pé do quiosque do jornaleiro, à frente de toda a gente.
- Eh pá, tu tens que perceber, ando mal de finanças e andava com uma fome do catano, tinha que me desenrascar de qualquer maneira.
- Se calhar, se trabalhasses era capaz de ajudar.
- Bom, não desvies a conversa. Afinal, desenrascas os 500 melins ou não?
Enfim, não tenho grandes simpatias pelo verbo desenrascar.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Uma Palavra, Dois (pelo menos) Significados - A Económica
Há uns anos largos, uma das grandes instituições de Lisboa –
e só falo de Lisboa porque foi a cidade onde nasci e vivi sempre – era a “Entulhosa”.
Para os menos informados, a Entulhosa era a sopa feita nas tascas alfacinhas e
levava toda a espécie de legumes e em tão grandes quantidades que quando era
posta na tijela de onde era comida, enfiava-se-lhe a colher e esta ficava de pé.
A Entulhosa era feita assim propositadamente para servir de
refeição, muitas vezes a única, da classe operária lisboeta e das suas famílias
que a tornavam ainda mais entulhosa, juntando-lhe uma ou duas carcaças. Um dos elementos da
família ia com uma panela à taberna onde lha enchiam com a preciosa sopa, e por 15 tostões .
Mas havia os mais pobrezinhos e esses contentavam-se com a
meia-Entulhosa que se chamava…Económica. Esta, muitas era também consumida ao almoço na taberna, na maior parte das vezes acompanhada por um copo de 3 e um carapau de escabeche (quando haviam uns trocos a mais).
Mas “Económica” não serve só para denominar uma sopa de
taberna. Esse aliás, é a sua denominação menos interessante.
Como é que eu hei-de explicar a outra designação da palavra?
É que é um bocado embaraçante. Mas vamos lá, e vou-me servir de uma história do
meu amigo de adolescência, o Alfredo Alarcão, para dar pelo menos a
entender de que se trata.
O pai do Alfredo era um industrial alentado e tinha vindo de
Vila Nova de Gaia para estabelecer o seu negócio na capital. Como dizia o
Alfredo, o pai como bom industrial do norte que se prezasse, tinha uma amante
espanhola e uma visão do sexo muito convencional para a altura. E no dia em que
o Alfredo fez 15 anos o pai chamou-o ao gabinete dele e disse-lhe:
- Alfredo, meu filho, a partir de hoje és um homem e com a
tua idade já eu ido para a cama com pelo menos três sopeiras do teu avô
Laurentino. Portanto, como nós cá, a única sopeira que temos é a Henriqueta que
já é velhota, toma lá 500$00 e diz ao Artur (era o motorista) para te levar às
p$%#s.
E acrescentou o Alfredo quando me contou a conversa do pai.
- Já viste? Quinhentos paus! Isto vai dar-me para fazer umas
flores com as gajas do liceu. E o meu pai a dizer que a Henriqueta é velhota!
É, é. 50 anos é velhota. Até pode não ser nova, mas tem uma ginástica que ele
nem calcula! (eu também não imaginava que ele já se tivesse enrolado com a
criada, que ele nessas coisas era muito recatado). E se a Henriqueta hoje não estiver para festas, vou buscar as revistas
pornográficas que o meu tem escondidas na gaveta do psiché e vai uma Económica
à conta (nessa altura, já tínhamos chegado à conclusão por experiência própria,
que aquilo que o sr. Padre Checo nos dizia sobre o cato de tal acção, além de constituir um pecado nos fazer crescer pelos
nas palmas das mãos, era tanga.
Bom, acho que toda a gente percebeu onde é que eu queria
chegar, e peço desde já desculpa se feri a sensibilidade de alguém.
Portanto, aí está: uma palavra com dois significados
diferentes.
O mais curioso, é que este nosso governo, parece que quer
voltar a pôr a Económica (sopa) como prato preponderante nos hábitos alimentares de alguns milhões de
portugueses. A chatice é que já quase não há tascas para as fazer (as que ainda
existem, em breve pedirão insolvência), as carcaças (que hoje se chamam bolas)
têm mais buracos que miolo e como já só existem vinhos gourmet, a económica vai
ter que ser comida a seco. E já nem falo no carapauzinho de escabeche, que esse só estará ao alcance dos gerentes de empresa sobreviventes, e daí para cima.
Por outro lado, da forma como as coisas estão, é muito provável que também as
meninas que dedicam a sua vida a fornecer belos momentos de prazer (que maneira
tão poética para designar as p#$%s, não é?) aos machos desejosos de manifestar
a sua masculinidade deixando a sua líbido correr à rédea solta, em troca de
algum dinheiro (que diabo, a boa vontade e os gestos magnânimos têm todo o
direito de receber a sua recompensa terrena, embora tenha a certeza que a
celestial também não lhes falhará), vejam os seus ternos clientes desaparecer
por falta de verbas para divertimentos, mesmos os imprescindíveis à sua higiene
fisiopsicológica, e assim terem elas próprias que começar a declarar as suas
próprias insolvências.
Quanto aos machos carentes, a esses restar-lhes-á reanimar
esse tão prosaico hábito da adolescência. A não ser que, como me está a
palpitar, a crise se agudize tanto, que nem força terão para pensar (sim, que ter força para o resto já seria pedir demais) em se
dedicar a tal prática.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Em Busca do Tempo Perdido*
* eu sei, agora já há vários a pensar: “olha, aí está mais um
Proust de pacotilha”. Mas a verdade é que só me lembrei da obra do francês
depois de escrever o título do post, e como a preguiça que me tem subjugado continua
nas suas sete quintas a reinar sobre a minha vida, deixei ficar.
Ora este lapso de dois meses que estive ausente, corresponde exactamente ao período durante o qual, há precisamente dois anos, eu me debatia com um intruso – que eu poderia já chamar de intruso chato, uma vez que, como um dia contei, foi a 3ª vez que me visitou sem que eu o tivesse convidado – que me deu algum trabalho e bastante luta, logo a mim que evito até à última qualquer tipo guerra. E acreditem que na altura, saí da refrega um bocado combalido, que os tratamentos são “pesados”, tanto que enquanto estamos a levar com eles, muitas vezes nos interrogamos se não é pior o tratamento que a doença.
Só no fim, e se a coisa corre bem, nos apercebemos da estupidez da dúvida.
Para que sirva de informação aos menos avisados ou preocupados com estes pequenos empecilhos que a vida nos coloca no caminho, o tempo que os médicos consideram seguro para nos dar como curados, é quando passados 5 anos nenhuma recidiva ocorre. No entanto, 2 anos é um lapso de tempo razoável para considerar que, não tendo ocorrido entretanto nenhum percalço, a coisa está razoavelmente controlada, e os 3 anos que faltam para atingir o qual quinquénio deverão decorrer sem sobressaltos.
Pois como disse, perfaziam-se agora os tais 2 anos, e por mais que se tentasse e fingisse até alguma descontracção, uma ponta de ansiedade tomou conta de mim, e eu com ansiedades não me dou bem, principalmente porque não me consigo concentrar. E se mais ou menos concentrado já só escrevo disparates, imagine-se o que sairia daqui estando desconcentrado.
Ora as notícias não podiam ser mais positivas, pelo que, apesar da minha enorme preguiça, o tempo de letargia já não se justificava, até porque comecei a constatar que quase já não conseguia assinar o meu nome. Comecei a recear que o meu neurónio adormecesse de vez e foi quando lhe dei uma palmada valente e ele resolveu enviar-me algumas mensagens que eu decidi aproveitar, e postar neste meu tão desprezado diário.
Ora as notícias não podiam ser mais positivas, pelo que, apesar da minha enorme preguiça, o tempo de letargia já não se justificava, até porque comecei a constatar que quase já não conseguia assinar o meu nome. Comecei a recear que o meu neurónio adormecesse de vez e foi quando lhe dei uma palmada valente e ele resolveu enviar-me algumas mensagens que eu decidi aproveitar, e postar neste meu tão desprezado diário.
Portanto, decidi abster-me durante uns tempos das vidas blogueiras e mesmo leituras, só das gordas dos jornais e o facebook, que também é bom para nos mantermos informados da vida alheia e que funciona mais ou menos como o café aqui da esquina - mas em maior - onde, por exemplo ainda hoje fui informado que o Guedes se tinha convertido à IURD só para ver se engatava a nova criada de uns novos-ricos que no ano passado compraram aqui na rua de cima um duplex T6 com jacuzzi, jardim e garagem para 2 BMW’s série 5, um SUV da Range Rover e um Jaguar descapotável, num prédio restaurado e que lhes deve ter custado os olhos da cara (pelo menos), porque a moça – alta, roliça, morena e que anda como uma rainha de escola de samba e tem uns air-bags (dianteiros e traseiros, que nestes casos dispensam-se os laterais) como só uma brasileira consegue ter, e já provocaram pelo menos 3 torcicolos em respeitáveis habitués do café – é muito religiosa e fiel seguidora daquela igreja.
Mas a coisa parece que não começou muito bem porque na 1ª vez que o Guedes foi a uma sessão evangélica, caiu-lhe em cima uma gorda que, diz ele, pesava pelo menos uns 120 quilos, e se sentiu “possuída” durante a pregação (?) do pastor.
De qualquer forma, o Guedes saindo de lá bastante combalido, teve ao menos o consolo de ver que a Lucineide lhe segurava a mão com um ar bastante compungido, enquanto enfiavam a maca dele na ambulância do INEM.
Ah! Esquecia-me de esclarecer um ponto importante: Lucineide é o nome da sopeira brasileira.
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