domingo, 28 de outubro de 2012
Thank God I got the Blues (1) - Johnny Guitar Watson - Gangster of Love
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Dúvida Existêncial - A Entrevista a Cicciolina
Há uns dias, na comemoração de mais um aniversário do programa Prova Oral da Antena3, o Fernando Alvim, perguntado sobre qual a mais difícil entrevista que tinha tido que fazer afirmou:
- À Cicciolina. Porque ela antes de começar a entrevista disse que podiamos abordar todos os assuntos menos política e...sexo.
Agora...alguém me explique:
Numa entrevista à Cicciolina, que raio de outras interessantes matérias haverá a abordar, a não ser política e principalmente sexo?
terça-feira, 23 de outubro de 2012
O Post Adiado Desde Dia 12 (Parte II . Conclusão e Conclusões)
Desta vez, cheguei mais rápido às mãos do médico que haveria de ser o “meu médico”, e nem precisou de biópsia para me dizer que o bicho tinha atacado noutro lado.
Não tinha relação com o anterior e nem sequer era da mesma “família”. Situava-se no trígono, e desta não me escaparia a uma intervenção cirúrgica.
A questão era que a intervenção implicava a remoção de uma parte do maxilar inferior e a sua posterior reconstituição. Como já tinha encontrado alguns desses casos nas consultas externas, sabia bem do que tal implicaria e isso bateu-me com força, mas nunca perdi verdadeiramente a serenidade.
Como me tinha sido dito que a reconstituição só poderia ter lugar quando estivesse recuperado da operação, comecei a pensar que iria ficar uns 6 ou 7 meses sem sair de casa.
Poucas semanas depois fui chamado para internamento, mas primeiro teria que fazer uma bateria de exames. Depois, e como tudo estava conforme, foram-me dadas instruções de como as coisas se passariam. Agradou-me o facto de ficar num quarto só com mais dois homens – as outras enfermarias tinham oito doentes e eram mais barulhentas e menos privadas – mas desagradou-me o facto de não saber ao certo em que dia seria operado.
Avisaram-me que todas as manhãs teria que estar preparado, e assim se passaram 3 ou 4 dias em que me levantava e permanecia em jejum até perto da hora do almoço, altura em que alguém se chegava a mim e me dizia que já não seria esse o dia, uma vez que as vagas para operação se tinham esgotado. Até que não resisti mais àquela incerteza com que todos os dias acordava, vesti-me normalmente, fiz a mala e fui ao gabinete da responsável do piso e lhe comuniquei que a minha paciência se tinha esgotado e não estava para passar mais dias no hospital, em vão.
Portanto, comuniquei-lhe que iria para casa e aguardaria uma chamada deles no dia em que tivessem uma vaga para mim. A senhora ficou um bocado embatucada mas entendeu, e aceitou a decisão tal como o médico que me iria operar. Era uma 4ª feira e na 6ª seguinte recebi uma chamada a comunicar-me que me deveria apresentar no domingo seguinte até às 20h, uma vez que seria operado na 2ª feira. E assim fiz.
O problema que me surgiu nessa noite, foi que quase não preguei olho: é que desde a 1ª vez que lá estivera e em que me tinham dado sempre um comprimido de xanax para adormecer, tornara-me dependente desse fármaco – nunca tive um dormir fácil, excepto em criança – e nessa noite não sei o que me deram, mas não teve qualquer efeito sobre o meu organismo.
No dia seguinte, dia 12 de Outubro de 1998, vieram-me buscar pelas 7h, pelo que, pelas minhas contas, me anestesiaram um pouco antes das 8 e que a última coisa em que pensei foi “Se acordar, muito bem. Se não…”.
Acordei por volta das 17h, nove horas depois, portanto, à entrada para a enfermaria de recobro onde a minha mulher me esperava para me dizer que tinha tudo corrido bem. Soube depois, que quando me vira, tinha desmaiado pela 1ª vez na sua vida, o que pode dar uma ideia sobre a minha aparência.
O que mais me preocupou foi não conseguir falar: tinham-me metido uma sonda gástrica pelo nariz, pela qual me alimentaria, e feito uma traqueotomia, (que consiste em enfiar um tubo na base do pescoço perfurando a traqueia e por aí passando a respirar), de modo a que a parte operada fosse resguardada, uma vez que todos os mucos que habitualmente passavam para o nariz, passariam antes, a usar essa via.
A traqueotomia, durante os 1ºs dias é particularmente aflitiva, parece sempre que se vai sufocar e as vias respiratórias têm que ser repetidamente aspiradas, de modo a que estejam sempre desobstruidas, mas nem isso alivia muito a sensação de sufoco.
Antes pensara que sairia da operação com um penso na cara, mas verifiquei então que toda a minha parte esquerda – cabeça, pescoço e tronco, estava coberta de ligaduras, o que me preocupou bastante, uma vez que não me explicaram o que se tinha passado, só a minha mulher me disse para não me preocupar com a fala, porque só teria que aguentar a traqueotomia durante uns dias e que quando me fosse removida, voltaria a falar e a respirar normalmente.
O que ela me disse sossegou-me mas a noite foi terrível: não conseguia dormir visto os comprimidos que me deram para dormir, não fazerem qualquer efeito, sentia muitas dificuldades respiratórias, e pela 1ª vez na minha vida, pensei que poderia não passar aquela noite, chegando a ver-me num túnel bem escuro. E como o tempo demorava a passar…
Pelos procedimentos habituais, e visto que na óptica dos médicos, tudo estava a correr bem, na manhã seguinte teria que ir para o meu quarto pelo meu pé. (no IPO, havia - penso que ainda há - o bom hábito de tentar tornar os doentes, independentes o mais depressa possível) Essa iniciativa aconteceu quando a minha mulher me foi visitar (aliás, ela passava lá praticamente o dia todo), ela ajudou-me a por de pé, só que o corpo não me obedecia, o máximo que conseguia era sentar-me na cama, mas ainda assim enchia-me de náuseas e caía para o lado. Definitivamente, não me conseguia por de pé, mesmo com as enfermeiras a tentar amparar-me.
Chamaram o meu médico, contaram-lhe o que se passava e ele mandou que me fizessem análises ao sangue.
Os resultados só chegaram ao anoitecer e os valores da hemoglobina estavam nos 7 e pouco o que era alarmante, visto os valores normais se situarem pelos 13/13,5, Estava explicada a minha fraqueza. Chamaram de imediato a médica de banco que mandou que me fizessem urgentemente uma transfusão, e 2 unidades de sangue foram-me administradas durante toda a noite, que se passou novamente de forma terrível, embora não tanto como a anterior, e sem eu conseguir pregar olho.
72 horas em branco!
72 horas em branco!
Na manhã seguinte e graças à transfusão, já me sentia um pouco melhor melhor. E lá fui para o quarto, nessa altura já sem necessidade de qualquer ajuda..
Depois, foi o tentar retomar as minhas rotinas higiénicas, mas tomar banho era difícil (nos 1ºs dias com a ajuda da minha mulher, para não molhar as ligaduras e pensos), fazer a barba quase impossível.
Quando me tiraram as ligaduras para me fazerem o 1º curativo apercebi-me realmente do que se passara: tinha uma costura que me partia do queixo, ia até ao pescoço, daí bifurcava até à orelha esquerda e pelo pescoço abaixo, contornando o braço esquerdo, e daí para baixo, até uns centímetros abaixo do peito esquerdo. Parecia o Frankenstein. Estive 5 dias sem me conseguir olhar no espelho.
Entretanto foi-me explicado que tudo aquilo se devia ao facto de o médico ter aproveitado para fazer logo após a operação de remoção da parte afectada, a reconstrução do maxilar com a ajuda do músculo peitoral esquerdo. Enfim, não ficou exactamente como se não lhe tivessem tocado, mas a verdade é que uns meses depois, não se notava assim tanto o remendo. O problema principal ficou a ser mesmo de ordem funcional, uma vez que como me faltava a dobradiça que movia o maxilar esquerdo, o acto de mastigar tornou-se mais complicado.
Passei a andar com um um bloco e uma esferográfica comigo. A minha forma de comunicar era a escrita. Às 10h e às 19h eram horas de ir à sala de tratamentos onde uma enfermeira me limpava o tubo da traqueia (os doentes que ficavam com o tubo definitivamente, eram ensinados a fazer essa operação por si, a tal questão de autonomia de que falei acima), mas aquilo era um bocado traumatizante, havia alguns que pareciam viver só para aquela hora, acho que era a única altura em que sentiam que tinham alguém que lhes dava atenção, e então, mais de meia hora antes, já andavam a pairar por ao pé da porta da sala, que só se abria mesmo às horas marcadas. Pareciam zombies.
Não vou falar das desgraças que por lá vi, nem de como as noites, apesar de já conseguir dormir umas horas, custavam a passar – já de posse das minhas faculdades pedi ao médico para alterar a minha medicação para dormir – ou de como ficava feliz quando chegava a hora das visitas. Tentei passar os dias entretido, até porque estava preparado para lá ficar um par de semanas ou mais, e fiquei muito surpreendido quando, na 4ª feira da semana seguinte, o médico me tirou o tubo da traqueia.
A surpresa de me ouvir a falar de novo, foi algo do outro mundo. Há muito tempo que uma coisa tão simples como aquela não me deixava tão feliz.
E as coisas melhoraram quando ele me disse que teria alta no dia seguinte. Acho que nessa noite não dormi bem, mas dessa vez por boas razões.
Portanto, na manhá do dia 22 de Outubro de 1998, o médico tirou-me uma parte dos pontos – eram cento e tal e não me perguntem porque não os tirou todos, porque não sei e nem lhe perguntei o porquê – e disse-me para lá voltar na manhã seguinte para tirar os que restavam. Depois, foi contar as horas e minutos até sair.
E no outro dia, conforme o combinado lá estava eu, e acreditem ou não, e apesar de mal poder mexer o pescoço, fui eu que conduzi o carro de casa até ao hospital e volta.
O resto, não tem história, fui melhorando, tirei a sonda e comecei a comer pelas vias normais, embora algumas coisas não conseguisse mastigar - foi um dos preços a pagar – e retomei o trabalho no meu emprego.
Hoje, assim à distância de 14 anos, acho que custou mais á minha mulher que a mim próprio.
Como da primeira vez, as consultas que começaram por ser semanais, foram-se espaçando, até passarem a ser anuais. E aos 5 anos o carcinoma foi considerado extinto, mas as consultas anuais continuaram.
Tudo em paz portanto, até 2010, e tudo o que já vos contei em Maio, e que aparentemente está a correr bem. Aparentemente.
(Daqui a 2 meses o confirmarei, e em Maio, eventualmente, reforçarei as certezas.)
Doze anos depois…
Não tenho grandes conclusões a tirar de tudo isto. Que espero que daqui a mais ou menos 3 anos e meio o médico me diga que o bicho está “morto”? Sim, tenho esperança que isso aconteça. E que se assim for, é a terceira vez que o venço e isso me poderia transmitir uma sensação de triunfo? Nem por isso, porque agora já sei que no campo médico não posso ter certezas nenhumas, e que, nestes casos não há curas que se possam considerar definitivas. Porque um doente oncológico o é para toda a vida.
Mas o que recuso mesmo é entregar-me sem dar luta ou deixar-me cair nas malhas da depressão.
E já agora, ir vivendo um dia de cada vez, o melhor que posso, mantendo o meu humor, tarefa que por vezes não é assim tão fácil.
Nota 1: Tendo presente tudo o que se tem passado comigo, uma certeza eu tenho: nestas minhas reincidentes surtidas ao IPO, fui sempre bem tratado e não acredito que o fosse melhor em qualquer hospital particular, pelo que cada vez abomino mais os opróbrios que se lançam quase diariamente sobre o SNS.
Nota 2: Já agora, posso acrescentar, que a cicatriz que me marca desde a orelha esquerda até abaixo do peito, resultado da operação narrada, não se nota assim tanto e é bem mais aceitável que algumas tatuagens.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
O Post Adiado Desde Dia 12 (ParteI/II)
Ora então aqui vai o post sobre o qual tanto hesitei em editar.
Qualquer pessoa minimamente inteligente, poderá, ao lê-lo, entender o porquê das minhas tão demoradas ponderações. O assunto é pessoal, gosto de me dar a conhecer, mas ao mesmo tempo, sei que haverá sempre interpretações erróneas sobre o escrito. Mas dado o que entendo ser interessante saber por parte de quem normalmente me lê, decidi-me.
O relato tem ligação com o escrito que editei no dia 4 de Maio, e que intitulei como “O 1º dia do resto da minha vida”.
Lido o texto, poder-se-á ter ideia de que terei tido o meu 1º contacto como doente com os serviços do IPO de Lisboa em 2010. Errado!
Vamos então à história
Nos inícios de 1991, tive que fazer uma visita ao meu estomatologista, não só para que ele me fizesse a reconstituição num dente e uma limpeza geral, mas também para me queixar de uma hipersensibilidade dentária que quase não me deixava lavar os dentes. Supondo ser uma gengivite, receitou-me já não me lembro o quê, mas lembro-me que não fez qualquer efeito, o que lhe referi na 2ª visita.
Ao inspeccionar-me então todos os cantos da boca, reparou que havia uma mancha muito suspeita no pavimento bucal, mesmo por debaixo da língua. Chamou o seu chefe de serviço, que corroborando a suspeita, e decidiu fazer uma biópsia logo na altura.
Esta palavra, biópsia, tem o seu peso específico, toda a gente sabe disso. De modo que, até saber o seu resultado, os meus dias foram um pouco sobressaltados.
O pior é que as as expectativas negativas se confirmaram, e ao me comunicarem que tinha um carcinoma, e como os SAMS na altura não tinham serviço avançado de oncologia, aconselharam-me a ir de imediato ao IPO.
Portanto, aí está, em Fevereiro de 1991 deu-se o meu primeiro encontro com os serviços do IPO de Lisboa.
Quem hoje vá ao Instituto e se perturbe por razões óbvias, nem imagina o quanto intimidante era nessa altura entrar naquelas instalações, dado o seu estado o seu estado de conservação e a falta de organização então reinante.
Bom, mas para abreviar, quando cheguei às mãos dos médicos que me haveriam de traçar o destino, os meus nervos já estavam por um fio. Contudo, o médico principal – um homenzarrão de idade já algo avançada – rapidamente decidiu que eu teria que fazer um tratamento de curieterapia, que eu não fazia a mais pálida ideia do que seria. E marcou-me de imediato o internamento. Era uma excelente pessoa, facto de que me vim a aperceber com o decorrer dos tempos, mas ainda à moda antiga: decidia e não dava muitas explicações.
Entrei às 20h de um dia, e antes de o fazer, sempre acompanhado da minha mulher, fumei o último cigarro da minha vida. Na enfermaria só estavam mais dois homens internados, que me contaram que eram habitués, sendo que um deles apresentava uma deformação facial provocada por uma intervenção anterior, e que não me deixou nada descansado.
Nessa noite, antes de adormecer, deram-me um copo de leite morno e um xanax – fármaco que nem conhecia – e dormi até à manhã seguinte, quando me foram buscar. Anestesia – intervenção – acordar por volta do meio-dia com a certeza que tinha algo de intrusivo e muito incómodo na boca.
Depois soube de que se tratava: a curieterapia, era feita com várias pequenas agulhas espetadas de volta da lesão, de modo a irradiarem, e presumivelmente, a eliminá-la.
Aquilo era muito incómodo e doloroso, uma vez que é quase impossível mantermos a boca completamente imóvel, quer porque estamos sempre a salivar, quer porque engolimos, e então quando se tratava de comer, o problema era realmente muito difícil de superar. Para falar com médicos enfermeiras ou visitas, tinha que o fazer atrás de uma espécie de andarilho de chumbo um pouco mais baixo que eu, com uns 20cm de espessura e com umas rodas para o poder mover, e que impedia que os meus interlocutores fossem irradiados. É claro que devido às agulhas, falava o mínimo possível
Passei assim 7 dias. Ao 8º e pouco depois do almoço, fui levado até ao meu médico, que depois de me observar, me tirou as agulhas, e me mandou para casa, dando-me uma palmada nas costas com aquelas manápulas dele, e me disse para me por a mexer, com um sorriso nos lábios.
Acho que nunca me vesti tão depressa e devo ter batido um record de velocidade qualquer para apanhar o 1º táxi que me apareceu e que me levou a casa.
As coisas pareciam ter corrido bem, e comecei a ter consultas de observação, que começaram por ser semanais, até que, com o decorrer do tempo, se tornaram quinzenais, mensais e ... semestrais.
Em 1996 – 5 anos é o espaço de tempo considerado correcto para determinar que um carcinoma se encontra em remissão total – consideraram-me “curado”, mas continuei a ir lá anualmente por uma questão de prevenção.
Nesse ano, tive que mandar fazer uma prótese de 4 dentes para o maxilar superior, e, apesar de ter sido corrigida 2 ou 3 vezes, sempre me incomodou a gengiva inferior na parte mais recuada, junto à articulação.
Em 1998, comecei a sentir que algo não estava certo, uma vez que, ao mastigar, sentia o que parecia ser uma ferida, na zona afectada, e quando cheguei de férias, decidi ir ao dentista, uma vez que supus ser ele capaz de me resolver o problema.
Porém, mal me viu a zona queixosa, lá me mandou ele recambiado para o IPO.
Estávamos em princípios de Setembro de 1998...
(continua e conclui ainda hoje ou amanhã: Conclusão e Conclusões)
A Explicação de Herman José
Para quem não entendeu o génio de natália de Andrade, e o motivo porque a pus aqui a cantar no sábado passado, aqui vai a explicação do Herman José para o "fenómeno Natália Andrade"
P.S. - Como por vezes também tenho umas ideias estranhas, ontem a minha canídea estava aqui a dormir com a cabeça no meu colo, liguei os auriculares ao pc, e meti-lhe um deles num dos ouvidos e pus a "cantar" a Natália.
A bicha, primeiro ficou em estado de estupor geral, e um segundo depois deu um salto e fugiu a correr com o terror estampado nos olhos. Durante o resto da tarde não voltou a aproximar-se de mim.
Os animais por vezes são caprichosos...além de lhes faltar cultura musical, bem entendido.
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
A Grande Música de Natália de Andrade
Para quem não conhece, aqui fica uma rara apresentação ao vivo(no Passeio dos Alegres)
da diva Natália de Andrade, um verdadeiro mito da canção lírica nacional.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A Minha Ausência, As Desculpas e a Minha Presença "Virtual", e pretensamente Fashion
Eu sei, tinha prometido voltar ontem e não cumpri a palavra.
A principal razão da minha ausência, deve-se principalmente a uma introspecção que tenho feito desde a última 6ª feira, 12 de Outubro, dia em que tinha planeado escrever um texto muito pessoal, ligado a um acontecimento que tem sido determinante na minha vida e que nesse dia cumpria o seu 14º aniversário. Na verdade, o acontecimento estendeu-se por dez dias, alongando-se a sua "vida" até dia 22.
Contudo, o assunto é muito controverso, ou por outra, pode ser interpretado de um modo muito diferente daquele que realmente me move.
Por isso, tenho estado numa encruzilhado, sem saber se hei-de mesmo abordar o assunto, como o poderei fazer de forma a não levar a leituras e conclusões erróneas sobre o seu fito, ou se simplesmente não o faça.
Como é claro, a minha ponderação estender-se-á no máximo, até ao dia 22 supracitado, sendo que a partir daí me parece o caso perder alguma da sua acuidade.
Contudo, não queria prolongar mais a minha ausência, e à falta de escrita, deixo-vos com a minha presença virtual, numas fotos tiradas hoje, primeiro dia em que fui ao baú das roupas de outono/inverno e saí para gozar deste sol que nos últimos dias tinha andado tão fugido.
E agora vou só ali passear a minha canídea, voltando depois para saber das vossas novidades.
Pormenores
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Night' Music (89) - The River - Bruce Springsteen
Generalidades
Bruce Springsteen,
Night' Music. The River
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Canções da Vida (15) - Eleanor Rigby - The Beatles
Generalidades
Canções de vida,
Eleanor Rigby,
The Beatles
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Acho que as minhas leituras me estão a dar volta à carola!
Acho que as minhas leituras ando muito de acordo com os meus estados de alma.
Falo de livros, não de revistas ou jornais, claro, que aí, dou sempre preferência aos desportivos e às revistas cor-de-rosa, para estar a par das desgraças do meu clube, das aventuras sexuais do Castelo-Branco, das desventuras da Luce e das badalhoquices que se passam na Casa dos Segredos.
Ora bem, neste momento a minha cabeça só dá para ler um livro de espionagem levezinho do Ken Follet o "Vale dos Cinco Leões" – estou a ganhar coragem para me atirar aos dois 1ºs volumes da trilogia (“O Século”) que ele anda a escrever -, um histórico muito interessante do Sérgio Luís de Carvalho, "O Exílio do Último Liberal", que fala dos Divodignos, que foram uma espécie de embrião da Carbonária, mas especialmente dos ressurrecionistas*.
Por último, ando também a ler a
"Enciclopédia dos Serial Killers"**, de Harold Schechter e David Everett que é uma espécie de manual sobre tipos muito simpáticos que têm vivido em vários locais do planeta, e que dedicaram a sua vida encurtar a de outros, e nalguns casos até se davam ao cuidado de os dividir em várias partes, só para darem alguma emoção às suas vidas, e para arranjarem uns puzzles jeitosos para os polícias - que têm sempre uma vida muito monótona a passar multas e espancar manifestantes - se entreterem.
E tenho-me entusiasmado bastante ao ler os requintes dos que torturavam e desmembravam as vítimas, embora até agora, o que mais me divertiu, foi aquela história do alemão que pôs um anúncio no jornal procurando por alguém disposto a ser executado e comido, e eis que lhe apareceu um voluntário à porta e ele não se fez rogado.
E tenho-me entusiasmado bastante ao ler os requintes dos que torturavam e desmembravam as vítimas, embora até agora, o que mais me divertiu, foi aquela história do alemão que pôs um anúncio no jornal procurando por alguém disposto a ser executado e comido, e eis que lhe apareceu um voluntário à porta e ele não se fez rogado.
Ora bem, estas leituras e mais as belas notícias que todos os dias ouço da boca dos governantes nos telejornais, parecem terem-me tomado conta dos instintos e fui ontem à Polux comprar duas facas
de lâmina japonesa, uma de trinchar e outra de desossar e um cutelo, e aproveitei para passar no Aki e comprei uma tesoura de podar e um serrote.
Agora vou aproveitar, e como moro aqui mesmo ao pé, quando tiver que passear o canídeo à tarde, a minha voltinha vai começar a passar ali por São Bento.
A começar já no dia 15, que parece que é odi a da entrega do Orçamento de Estado na Assembleia.
* - Ressurrecionistas - Na altura - o romance passa-se por volta de 1830 - como não havia dadores, os professores de medicina das faculdades tinham grandes dificuldades em obter "matéria prima". Ao mesmo tempo, e segundo a lei então em vigor, os cadáveres não pertenciam a ninguém. Portanto, a coberto da noite, os ressurrecionistas desenterravam os mortos enterrados durante o dia, despojavam-nos das roupas que deixavam na cova acabada de abrir - curiosamente, se levassem as roupas e fossem apanhados, seriam considerados ladrões, e poderiam ser condenados à morte – e levavam-nos aos professores de medicina que lhes pagavam o preço pré-estabelecido.
** - O opúsculo, além da divertida matéria que aborda, exibe também, não só os retratos de muitos dos tunantes que praticavam as façanhas descritas, mas também de vários dos magníficos utensílios por eles usados, pelo que aconselho vivamente não só a sua leitura antes de se adormecer, como dá-lo a ler às criancinhas que de lá podem tirar algumas boas ideias para as suas traquinices na escolinha.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Há blogs de que gosto muito...
...há blogs de que gosto. Há blogs que me divertem (estas três categorias, constituem a lista aqui à direita). Há blogs de que gosto…assim, assim. Há blogs de que não gosto.
E há blogs que só me merecem uma profunda repulsa. Como aquele (é um blog conjunto, isto é, em que escrevem vários sujeitos, pelo que, dado o facto, devem partilhar as mesmas ideias no seu fundamental) que, por exemplo, não distorcendo a verdade mas pura e simplesmente mentindo, afirmou na altura, que a manifestação de 15 de Setembro tinha sido um fracasso e que a mesma, teria congregado, no máximo, 10.000 pessoas em Lisboa, e meia dúzia de centenas no Porto, ao mesmo tempo que defendiam as posições gasparísticas e coelhísticas, quais fanáticos acólitos.
Quando o povo desespera, os sujeitos, se o governo diz mata, gritam esfola. Duvidam de tudo o que venha dos trabalhadores – que como consta da boa cartilha de direita, na sua generalidade, são madraços que precisam é de uma mão de ferro para os orientar – e dizem amens e agacham-se perante as infâmias que saem dos gabinetes governamentais, como se fossem dogmas e realidades inevitáveis e que nos podem elevar ao cume da prosperidade.
Ando enjoado há uns dias. Hoje, ao ouvir uns desses sujeitos na rádio a bolsar sobre os funcionários públicos tive um vómito violento. Descobri então de onde procedia o meu mal estar dos últimos tempos.
- Entre o vendaval de péssimas notícias que recebemos todos os dias, a indicação de uma mulher para a Procuradoria Geral da República, é um excelente sinal na evolução da igualdade de direitos da mulher em relação à ocupação de altos cargos do estado, e que já se tinha manifestado com a eleição da Presidente da Assembleia da República.
Esperemos é que faça mais qualquer coisa de positivo do que os seus predecessores, senão, terá sido mais uma oportunidade perdida para a Procuradoria conseguir cumprir cabalmente com as suas funções.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Fashion Blogger com Canídeo ou Como gozar as últimas do Sol ou...
...se não gostas de calças verdes, é melhor não veres o que vem a seguir!
Beira-Tejo
Depois das corridas, estou mesmo cansada!
Mas agora já estou descansada e satisfeita!
A Curtir uma Soneca
domingo, 7 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
50 Anos Depois...Dois Marcos da Cultura Mundial
Foi há precisamente 50 anos que foi editado o primeiro single dos Beatles, "Love me Do", com "P.S. I Love You" como b-side, um disco que é um dos mais importantes marcos da música popular, e que dá início a uma revolução sem precedentes.
É um disco que marca o início de uma nova era, não só a nível musical, também de toda a cultura em geral e, principalmente, dos costumes.
Na mesma altura, projectava-se nos ecrans de todo o mundo, o 1º filme da saga 007, "Dr. No", que estrelava Sean Connery, que se tornou assim um ícone do cinema mundial, e Ursula Andress. Uma saga que perdura e que continua a ter milhões de indefectíveis em todo o mundo.
Generalidades
007,
Dr. No,
Love me do,
P.S. I love you,
SEan Connery,
The Beatles,
Ursula Andress
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Night' Music (88) - Bob Dylan (Traveling Wilburys) - Tweeter and the Monkey Man
Generalidades
Bob Dylan,
Night' Music,
Traveling Wilburys,
Tweeter and the Monkey Man
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Night' Music (87) - Jimi Hendrix - All Along the WatchTower
Generalidades
All Along the WatchTower,
Jimi Hendrix,
Night' Music
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Dia 7, este Senhor Vem Cá Cantar - Leonard Cohen
Generalidades
I´m Your Man,
Leonard Cohen,
Night Music
A Minha Cidade (logo a seguir a Lisboa, obviamente)
Como gosto de passear pela Rive Gauche até entrar no Musée d'Orsay, onde me perco em horas de contemplação das pinturas de Van Gogh ou Monet.
Como gosto de ganhar horas a ver as montras da Place Vendôme até à Passage Jouffroy ou à Passage Vivienne.
Ou de me perder em deambulações pelo Marais, no seu rendilhdao de ruas, até descansar num pequeno café sob as arcadas da Place des Vosges.
Que saudades que eu já tenho de flanar pelas ruas de Paris...
Com este Sol, um almoço ligeiro de Verão, Queijo e Presunto - Wanna Bite? (12)
Saí de manhã, e o sol, de tão forte, apanhou-me desprevenido, depois dos dias outonais que se arrastavam desde a semana passada.
Decidi pois, fazer uma espécie de despedida de Verão, com um almoço que faço algumas vezes durante a estação quente: uma tábua de presunto JJJ cortado à mão e outra de queijos.
Geralmente, os queijos preferidos são: Queijo da Serra (dos comerciais, o de São Cosme é excelente, principalmente quando ainda está amanteigado), o Queijo de Serpa, o picante de Castelo Branco (não há melhor queijo para acompanhar um café e um bom pão caseiro estaladiço) e um bom Queijo Manchego, que pode também ser substituido por Queijo da Ilha.
Outra alternativa, são umas tapas, mas dessas, falarei daqui a uns dias, e mostrarei algumas das minhas especialidade preferidas, como as de boquerones com pimento vermelho, ou as de farinheira com maçã.
A Avec les Bons Voeux, é uma das minhas cervejas preferidas. Vem numa garrafa de 0,375l, e vem rolhada à maneira champanhes, o que faz adivinhar uma bela efervescência, que não falha. É uma cerveja que fica muito bonita no copo, com a sua cor alaranjada e o seu "chapéu" de espuma branca.
E acreditem que o sabor corresponde plenamente, riquíssimo, e que preenche todos os recantos da boca.
É sabido que os belgas gostam de cervejas fortes, condimentadas, o que poderia dar a ideia - errada ideia - de que tal se deve ao clima acabrunhado do pais, e que por tal, o seu consumo se deveria restringir a dias outonais ou mesmo invernosos. Esta “Avec les bons voeux…” não foge à regra, como demonstram os seus 9,5% Abv. E no entanto, poucas companhias seriam mais indicadas que ela, para uma escaldante tarde de Verão português.
Uma grande cerveja.
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