Após uma semana de recato, durante a qual fiz uma espécie de romagem de saudade aos lugares dos meus antepassados, e em que estive inacessível a quase tudo o que cheirasse a civilização. Podem crer, ainda há sítios assim no extremo de alguns caminhos do país. E "cheira-me" que, da forma como as coisas estão, daqui a uns tempos, haverá muito mais, precisamente o inverso do que seria de supor. É a involução de um povo.
É tudo muito belo, ouvir as aves e o riacho a saltar de fraga em fraga, sentir o cheiro do pinhal e do fumeiro, o sabor da comida antiga, tactear o silêncio ensurdecedor das noites escuras e impenetráveis.
Mas já não consigo suportar aquela calma de morte durante muitos dias, sinto falta do bulício, da pressa, do barulhgo dos motores e das rodas metálicas dos eléctricos a rangerem nos carris.
Decididamente, tornar-me um rústico está totalmente fora de questão.
Sou mesmo um citadino irredutível.
Virar rústico? Isso seria um grande desperdício de guarda-roupa ;)
ResponderEliminarTens razão, São João. Não me estou a ver todos os dias de galochas, calças esfarrapadas e cheias de lama, e camisas de flanela de xadrês, ahahah
EliminarAh Vic, mas ainda assim de vez em quando é preciso virar rústico por uns dias. Eu cá bem precisava, até tenho feitio para isso :)
ResponderEliminarPois, Elsa. Muito de vez em quando :)
EliminarEu sou uma campónia. Apesar de viver os meus dias na cidade!
ResponderEliminarEu nem por isso, Ovelha. Comigo, até os cactos e as plantas de interior murcham :)
EliminarFaz bem mudar de ares.
ResponderEliminarMas faz tão bem mudar de cá para lá como de lá para cá! :)
Não há nada como alternar :)- Acho que é isso que queres dizer, não é, Menino?
EliminarSomos dois, por mais que tente, o campo não me consegue prender durante muito tempo :)
ResponderEliminarVerdade, Marta. E aqueles lados estão-se mesmo a desertificar. Agora há estradas e não há pessoas. Uma tristeza a quantidade de casas que há para vender e sem ninguém para as comprar.
EliminarConcordo contigo: é muito giro visitar e descansar durante uns dias, apreciar as paisagens, os sabores e as gentes... mas depois é bom regressar ao bulício da cidade! :)
ResponderEliminarBom regresso a casa!
Foi mesmo um bom regresso, Tété. É mesmo muito difícil viver por lá, principalmente para mim :)
EliminarTambém sou assim! Gosto muito disso mas não por muito tempo :)
ResponderEliminarÉ mesmo Su. É o vício do bulício, do stress :)
EliminarOra muito bem vindo de volta que já tinhamos saudades (e ademais estava preocupada)
ResponderEliminarFaz como eu, um bocadinho lá, outro bocadinho cá!
Quando a Rústica (adoro este poema da Florbela) que há em mim está que não pode com a cidade, migra para o campo até a citadina começar a desfalecer! Aí trago-a de volta e dou-lhe um banho de civilização!
Ahahah! Pois, o citadino que há em mim, desfalece rapidamente no campo, S&I :)
EliminarAté eu sinto o mesmo, embora adore viver afastada da cidade e adore a minha aldeia.
ResponderEliminarAinda é muito cedo para viver tanta tranquilidade. De vez em quando tenho mesmo que ir ver gente.:))
É uma contradição, Nina. Quando somos mais velhos, é quando mais precisamos das comodidades que a cidade tem para oferecer :)
EliminarSê muito bem vindo!
ResponderEliminarVoltar às origens pode ser revigorante.
Apesar de gostar de sossego penso ser incapaz de voltar a morar na vila natal.
Um beijinho cheio de boa semana!
Eu gosto muito da minha terra natal, mas... 3 dias!
ResponderEliminarE fico com dor de cabeça no campo... deve ser do ar puro ;)
Bom regresso :)
Eu também gosto de andar pelo campo assim uma semana, máximo duas.
ResponderEliminarGénero desintoxicação da cidade. Mas mais que isso morro de tédio!
Já tinha saudades, bom regresso Vic :D
Não sei se conseguiria viver no campo... Mas também não sei se iria gostar do reboliço da cidade! Gosto muito do meu cantinho tão perto e tão longe de tudo e de todos ;)
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