A Rua Inclinada
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Fotos do Dia (1) - Tema de Hoje: As Cores do Bairro
Bem... é verdade que tenho andado arredado do blog. Outras tarefas me chamam...
Mas para que não fique abandonado de vez, e como ultimamente me tenho dedicado um bocado mais à fotografia, a partir de hoje, postarei uma ou duas todas os dias.
Portanto, hoje ficam cá duas:
Tema: As Cores do Bairro
domingo, 7 de julho de 2013
Sépia (I)
Quando cheguei ao último degrau olhei para trás e senti-me como se deve sentir alguém que está a ter um pequeno AVC: quantos degraus é que eu subira nos meus mais lentos 60 segundos de sempre? Agarrei-me firmemente ao corrimão para que as vertigens não me levassem e respirei fundo.
O breve alívio desapareceu quando olhei para a minha esquerda e vi a ladeira que ainda tinha pela frente. A inclinação de uns 30º transformou-se de repente numa de 60º e o desânimo atingiu-me como um raio. Olhei para o relógio: faltavam 10 minutos para a hora marcada, e se havia coisa que detestava era chegar atrasado a um encontro, mesmo que o mesmo – como me parecia ser o caso – não tivesse objectivamente qualquer interesse para mim. Pior que isso, só mesmo ter que esperar pelos outros.
Tentei raciocinar. Mais valia perder 2 minutos a recuperar o fôlego e fazer o resto da subida a passo cadenciado, do que me fazer à maluca à ladeira e cair a meio, sem coração nem pulmões para percorrer o resto. E assim fiz.
Depois, o resto era terreno plano, engrenei o meu “dépéche mode”, mantive a cadência, de vez em quando ia refrescando a cara com a toalha ainda ligeiramente molhada e que me deixava um ligeiro sabor a sal nos lábios.
Cheguei à esplanada combinada com um minuto de avanço. Sentei-me completamente estafado. O empregado parecia que estava emboscado à minha espera porque mal me sentara, apareceu a perguntar-me o que queria:
- Uma cidra muito fresca – pedi.
Trouxe-me uma Magners precisamente na altura em que o Rui chegava. Ligeiramente atrasado, bufando e com o “Música de Praia” debaixo do braço, e que pousou na mesa ao mesmo tempo que se sentava pesadamente. Via-se que também ele fizera um esforço para chegar a horas.
- Andas a ler Conroy? perguntei
- Não gostas? Parece que detectei um certo desdém na pergunta.
- Gostei desse livro, mas já o li há muito tempo. O problema com os autores americanos é que os confundo uns com os outros. Durante muito tempo pensei que tivesse sido esse gajo que escrevera o American Psycho.
Olhou-me um bocado escandalizado. Tinha sempre em alta conta a literatura, e achava que eu a tratava com alguma ligeireza.
- De certeza que nunca confundiste o Hemingway com o Miller.
- Não. Mas isso foi porque sempre detestei o Hemingway (aquilo foi deliberado, eu sabia que o Ernest era um dos seus favoritos) e sempre gostei moderadamente do Miller – claro que, face a esta declaração, os cabelos se lhe puseram em pé - Eu explico-te: em relação aos vivos, acho que seguem uma linha um bocado comum, a escritores não vivos, tenho sempre grande dificuldade em dissociar a vida particular da obra. E como sempre achei o Hemingway um cobardolas, nunca tive a sua obra em grande conta.
- O Hemingway um cobarde? O homem combateu na guerra civil espanhola, enfrentava touros, sempre teve uma vida plena de aventuras…
- O facto de gostar de touradas até é bem demonstrativo do que digo. Além disso, podes dizer que provocava desacatos e que sovou o Scott Ftzgerald, que ele sabia ser um intelectual que não fazia mal a uma mosca e muito mais fraco que ele. O homem era um bully. Cheira-me que a participação na guerra foi uma questão de protagonismo. Já agora, também se suicidou. Se isso não é cobardia…
- Bem, isso é discutível...
- Em contrapartida, o Miller era um gajo chão. Vivia da exploração da ordinarice e utilizava linguagem rasteira. E isso já me agrada mais. Embora não façam o meu estilo, não me desagradam de todo, tipos assim. É como ver um filme pornográfico – penso que o Miller não desdenharia certamente de dirigir um – que nos provocam invariavelmente alguma decepção porque o final é sempre previsível, mas pelo menos já sabemos ao que vamos. Não somos enganados. Pelo contrário, eu vim-me a esfalfar da praia para um encontro contigo aqui, e o objecto desse encontro ainda nem sequer foi aflorado.
Ele pigarreou nitidamente nervoso com a minha abordagem ao assunto e disse:
- Então? Agora bebes cidra?
- Bebo. É fresca e não é muito alcoólica. Se fosse mais eu desatava aqui a suar, e a última coisa que pretendo quando me apresentares a Bruna é estar suado. Só ainda não percebo porque fazes questão em me a apresentar. A não ser que seja como aquela tua namorada de há dois anos que tinha uma fronha que parecia um retrato pintado pelo Velasquez na sua fase negra e que só me falava do Livro de São Cipriano.
Enquanto eu falava, ele ia ficando cada vez mais embatucado e eu ia gozando o prato
- A explicação é simples: a Bruna é a minha namorada, faço tenção de casar com ela, e como nos estamos sempre a cruzar e tu por vezes me colocas em situações embaraçosas, resolvi que ela te conhecesse logo de princípio e fizesse a avaliação dela para evitar mal entendidos futuros.
Não percebi bem aquela lenga-lenga das situações embaraçosas e avaliações, mas dei-lhe o benefício da dúvida.
- Casar? Tu? Ok, tudo bem. Mas porque é que ela ainda não apareceu? É das atrasadinhas?
- Não. Eu marquei-lhe com 5 minutos de diferença, para ir preparando o terreno contigo. Olha, ali vem ela.
Olhei e fiquei chocado. Parecia-me estar a ter um déjà-vu. Sabia que a mulher era brasileira – não sei porquê, o nome dela trouxe-me lembranças da Lombardi dos anos de ouro – mas nunca imaginei que fosse a encarnação da Elisa, a minha obsessão de adolescência, e que o safado do Rui tão bem conhecera. Estava explicado o embaraço dele, e a procrastinação em abordar o assunto.
O breve alívio desapareceu quando olhei para a minha esquerda e vi a ladeira que ainda tinha pela frente. A inclinação de uns 30º transformou-se de repente numa de 60º e o desânimo atingiu-me como um raio. Olhei para o relógio: faltavam 10 minutos para a hora marcada, e se havia coisa que detestava era chegar atrasado a um encontro, mesmo que o mesmo – como me parecia ser o caso – não tivesse objectivamente qualquer interesse para mim. Pior que isso, só mesmo ter que esperar pelos outros.
Tentei raciocinar. Mais valia perder 2 minutos a recuperar o fôlego e fazer o resto da subida a passo cadenciado, do que me fazer à maluca à ladeira e cair a meio, sem coração nem pulmões para percorrer o resto. E assim fiz.
Depois, o resto era terreno plano, engrenei o meu “dépéche mode”, mantive a cadência, de vez em quando ia refrescando a cara com a toalha ainda ligeiramente molhada e que me deixava um ligeiro sabor a sal nos lábios.
Cheguei à esplanada combinada com um minuto de avanço. Sentei-me completamente estafado. O empregado parecia que estava emboscado à minha espera porque mal me sentara, apareceu a perguntar-me o que queria:
- Uma cidra muito fresca – pedi.
Trouxe-me uma Magners precisamente na altura em que o Rui chegava. Ligeiramente atrasado, bufando e com o “Música de Praia” debaixo do braço, e que pousou na mesa ao mesmo tempo que se sentava pesadamente. Via-se que também ele fizera um esforço para chegar a horas.
- Andas a ler Conroy? perguntei
- Não gostas? Parece que detectei um certo desdém na pergunta.
- Gostei desse livro, mas já o li há muito tempo. O problema com os autores americanos é que os confundo uns com os outros. Durante muito tempo pensei que tivesse sido esse gajo que escrevera o American Psycho.
Olhou-me um bocado escandalizado. Tinha sempre em alta conta a literatura, e achava que eu a tratava com alguma ligeireza.
- De certeza que nunca confundiste o Hemingway com o Miller.
- Não. Mas isso foi porque sempre detestei o Hemingway (aquilo foi deliberado, eu sabia que o Ernest era um dos seus favoritos) e sempre gostei moderadamente do Miller – claro que, face a esta declaração, os cabelos se lhe puseram em pé - Eu explico-te: em relação aos vivos, acho que seguem uma linha um bocado comum, a escritores não vivos, tenho sempre grande dificuldade em dissociar a vida particular da obra. E como sempre achei o Hemingway um cobardolas, nunca tive a sua obra em grande conta.
- O Hemingway um cobarde? O homem combateu na guerra civil espanhola, enfrentava touros, sempre teve uma vida plena de aventuras…
- O facto de gostar de touradas até é bem demonstrativo do que digo. Além disso, podes dizer que provocava desacatos e que sovou o Scott Ftzgerald, que ele sabia ser um intelectual que não fazia mal a uma mosca e muito mais fraco que ele. O homem era um bully. Cheira-me que a participação na guerra foi uma questão de protagonismo. Já agora, também se suicidou. Se isso não é cobardia…
- Bem, isso é discutível...
- Em contrapartida, o Miller era um gajo chão. Vivia da exploração da ordinarice e utilizava linguagem rasteira. E isso já me agrada mais. Embora não façam o meu estilo, não me desagradam de todo, tipos assim. É como ver um filme pornográfico – penso que o Miller não desdenharia certamente de dirigir um – que nos provocam invariavelmente alguma decepção porque o final é sempre previsível, mas pelo menos já sabemos ao que vamos. Não somos enganados. Pelo contrário, eu vim-me a esfalfar da praia para um encontro contigo aqui, e o objecto desse encontro ainda nem sequer foi aflorado.
Ele pigarreou nitidamente nervoso com a minha abordagem ao assunto e disse:
- Então? Agora bebes cidra?
- Bebo. É fresca e não é muito alcoólica. Se fosse mais eu desatava aqui a suar, e a última coisa que pretendo quando me apresentares a Bruna é estar suado. Só ainda não percebo porque fazes questão em me a apresentar. A não ser que seja como aquela tua namorada de há dois anos que tinha uma fronha que parecia um retrato pintado pelo Velasquez na sua fase negra e que só me falava do Livro de São Cipriano.
Enquanto eu falava, ele ia ficando cada vez mais embatucado e eu ia gozando o prato
- A explicação é simples: a Bruna é a minha namorada, faço tenção de casar com ela, e como nos estamos sempre a cruzar e tu por vezes me colocas em situações embaraçosas, resolvi que ela te conhecesse logo de princípio e fizesse a avaliação dela para evitar mal entendidos futuros.
Não percebi bem aquela lenga-lenga das situações embaraçosas e avaliações, mas dei-lhe o benefício da dúvida.
- Casar? Tu? Ok, tudo bem. Mas porque é que ela ainda não apareceu? É das atrasadinhas?
- Não. Eu marquei-lhe com 5 minutos de diferença, para ir preparando o terreno contigo. Olha, ali vem ela.
Olhei e fiquei chocado. Parecia-me estar a ter um déjà-vu. Sabia que a mulher era brasileira – não sei porquê, o nome dela trouxe-me lembranças da Lombardi dos anos de ouro – mas nunca imaginei que fosse a encarnação da Elisa, a minha obsessão de adolescência, e que o safado do Rui tão bem conhecera. Estava explicado o embaraço dele, e a procrastinação em abordar o assunto.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Fashion Blogger com Dedicatória
Este "look" (aí está uma palavra muito in) é um dos últimos de Primavera - é verdade que não parece, mas amanhã é primeiro dia de Verão - e portanto, talvez se passe algum tempo antes que volte a usar as minhas queridas gravatas (a da foto, é uma gravata de malha de seda da Drake's of London, que eu espero que apreciem devidamente).
Mas este post é também dedicado ao "E que gosta mais de ténis", e que eu também espero que goste dos Crockett and Jones que aqui apresento (não estão tão brilhantes como é habitual nos meus sapatos, mas a pele destes loafers, não se adapta bem a grandes engraxadelas: se são muito polidos, acabam por perder a sua cor original (desculpem lá a explicação técnica, mas é assim mesmo)
Já agora, espero que a Sue também goste e o convença a um dia destes usar uns, porque fica bem (acho eu) com qualquer "look", mesmo naquele menos convencional que se usa numa esplanada á beira-mar, enquanto se folheia o único do Maugham que nos falta ler e se gozam os últimos raios de sol de um fim de tarde de verão.
E já agora, para não se maçarem muito a ir para a esplanada a pé, o meio de transporte ideal
terça-feira, 18 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Um Post sobre "Gajas com Mamas Grandes"
Há alguns tipos de pessoa de que fujo a sete pés (ficava-me mal dizer que detesto).
Por exemplo, as que para cada situação arranjam uma frase feita que se lhe adapta (mais ou menos). Como o Diamantino que queria ir a Santiago de Compostela mas não sabia o caminho. Ofereci-me para lhe emprestar um mapa, mas ele respondeu-me por cima da burra: ”Quem tem boca vai a Roma”. Fiquei espantado com a resposta, logo a mim que tinha sido tão solícito, mas acabei por perceber quando me chegou aos ouvidos que ele queria é que lhe emprestasse o GPS, nem dando conta que o aparelhómetro estando incrustado no tablier, inviabilizava a operação. Lá acabou por ir, mas acho que de caminho ter passado por Madrid tinha sido escusado.
Pior, só mesmo as que, mesmo não sendo crentes, passam a vida a dar graças a Deus. (todos os dias se ouve na TSF um excerto de um monólogo, que lhes cai muito bem: “Fui operado e correu tudo muito bem, graças a Deus. Se tivesse corrido mal, tinha sido graças ao médico”).
Outro tipo de pessoa que evito são os idólatras, Detesto ouvir alguém dizer que o Cristiano Ronaldo é o seu ídolo (ou o Tony Carreira, calhou ser o Cristiano por acaso, eu até gosto – falando desportivamente - do rapaz), ou que adora o Manuel Luís Goucha.
Mas como em tudo na vida, há excepções. E era aí que eu queria chegar, à excepção, que é o caso do Marcelino, que diz que adora “gajas com mamas grandes”. Eu gosto do Marcelino, e devo confessar que prefiro mulheres com as curvas e protuberâncias no sítio, às modelos escanzeladas – e para minha satisfação, até acho que estamos a voltar às origens, embora não convenha recuar muito, senão a expressão “gordura é formosura” ainda se torna actual, o que seria uma espécie de maldição – se bem que a determinada altura da minha vida, uma das minhas paixões platónicas tenha sido a Twiggy.
Digamos então, que, por exemplo, considero a Monica Bellucci (ainda bem que o Cassel não lê isto, porque é daqueles gajos que me dá sempre a ideia de estar à beira de cometer um homicídio) como o protótipo da mulher ideal.
Dito isto, já acho demais que o Marcelino – muito à minha conta – tenha transformado a casa numa espécie de santuário às, como ele diz, “gajas de mamas grandes”.
Posso garantir, que visitar a casa do Marcelino é uma experiência única – foi literalmente o que pensei quando lá fui porque nunca mais lá quis voltar – e que se descreve em poucas palavras: trata-se de umas águas furtadas e quando se entra, temos um corredor recto que vai ao longo da casa quase toda, com portas de um lado e outro, que dão para as várias, poucas (cozinha, wc e uma salinha) divisões.
Disse quase porque ao fundo fica a porta que dá para o quarto dele. E a surpresa parece começar aí, porque a primeira coisa com que deparamos mal se entra é, mesmo em frente e lá ao fundo, uma fotografia em tamanho natural e ao natural da Pamela Anderson que cobre essa porta toda. Fiquei a olhar e ele perguntou-me:
- Gostas? Então olha lá para a porta da entrada – virei-me para trás e na porta porque tinha acabado de entrar, lá estava uma foto vintage da Brigitte Bardot, ao que me pareceu à 1ª olhadela, com uma mini tanga escura. Meti os óculos para ver melhor e constatei que não era uma tanga. Foi quando me lembrei de que na altura da foto ainda nem se falava da depilação à brasileira.
Aqui, o Marcelino fez questão de me elucidar que, não tendo a BB umas medidas dentro dos parâmetros dele, era uma homenagem ao seu falecido pai, que tinha uma colecção de fotos da francesa e de várias musas da época como a Marilyn e a Jane Mansfield (uma prova de que “Quem sai aos seus, não degenera”) e uma rica colecção dos 1ºs Playboy’s e Penthouse’s que ele guarda religiosamente no psiché, a coberto da humidade e dos lepismas.
Bom…depois, o resto da casa – exceptuando talvez a cozinha – é todo um estendal de posters do mesmo género mas com mulheres que usam os tamanhos maiores de soutien (mas sem eles), já para não falar da estante da sala, totalmente preenchida com filmes “educativos”, e várias colecções de revistas do género (não há dúvida que o dinheiro que lhe tenho emprestado, tem sido bem investido).
A minha maior curiosidade depois de sair do meu estupor, foi saber como é que reagiam as mulheres que ele lá levava, ao ver aquela parafernália toda.
- Não trago cá mulheres, pá. Sou um tipo respeitador e não quero que elas se sintam diminuídas. Eu sei bem o vexame que passei quando levei a Ofélia ao Cinebolso a ver “La Verdadera Historia de Heidi y su Abuelito Dijo a los Adultos” e ela se pôs a fazer comparações entre os meus dotes físicos e os dos tipos do filme. Ainda por cima, em voz alta e a rir-se que nem uma alarve. Tive que sair antes do fim do filme e nunca mais pude ver a mulher, podes crer.
Claro que aquilo deu-me uma vontade enorme de ir à casa de banho – nem me atrevo a descrevê-la (à casa de banho, subentenda-se) – só para não me rir à frente dele.
Quando saí do wc e depois de ter lavado a cara, o Marcelino diz-me:
- Bem, tu és um gajo que me tens desenrascado de vez em quando, de maneira que é assim: já trouxe cá duas gajas, a Ivone, que mal cá entrou se pirou logo ainda estou para perceber porquê, e a Zulmira (a Zulmira é conhecida no bairro por "A Saltitonas", adivinhem porquê)
- A Zulmira? A intelectual da livraria? Aquela com uma grande peitaça e de óculos com algumas 10 dioptrias?
- Claro. Mas eu antes dela entrar, convenci-a de que ficava mais sexy sem os óculos, de maneira que a tive que levar para o quarto amparada, porque ela via tudo esborratado.
- E então?
- Então nada. Eu quando a vi toda descascada estendida na cama, com aquele material todo à disposição, só me lembrou os meus tempos de criança, e acabei por adormecer agarrado a elas*.
Ok. Fiquemos por aqui.
*Ao que parece, a Zulmira nunca mais lhe falou, porque há uns tempos, quando fui á livraria comprar o livro do António Raminhos, a tipa vira-se para mim e diz-me: “Tu também és amigo daquele Marcelino, não és? Pfffff!!”
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Traje de Passeio (também chamado Traje Walking the Dog)
Arranjei maneira de ir passear a cadela, sem ter aquele trabalhão todo de me estar a despir e a vestir, e voltar a despir e a vestir.
Fui à Intimíssimi, que agora tem umas coisas giras e cómodas - não suporto roupa interior apertada, e é por isso que geralmente só uso boxers (fico cheio de dores de cabeça se sinto uma determinada parte da minha anatomia apertada) - e arranjei umas t-shirts henley e uns calções que até têm bolsos, e que tanto servem como pijama, como para sair à rua de pijama sem ninguém notar. Isto é, se agora virem alguém assim vestido a passear um cão pelas ruas da lapa, já sabem que sou eu.
E é uma maravilha: quando chega a hora, salto do sofá, enfio uns ténis, meto o dorsal na Pink e vou por aí fora, passeio higiénico (na verdadeira aceção da figura de estilo) . Chego, tiro-lhe o dorsal e salto novamente para o sofá.
É a isto que se chama ser (preguiçoso) prático.
P.S. - E não, não durmo com a mesma roupa!
Generalidades
Intimíssimi
domingo, 9 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
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