Nesta vida de blogger, o que sempre realmente almejei foi ter um blog sem conteúdo.
Não, não exactamente como nos últimos dias sem nada escrito, mas editando textos absolutamente inúteis e sem qualquer intuito didático ou pedagógico. Qualquer coisa mais ou menos assim: os visitantes passavam por cá e diziam para os seus botões: “Olha! O gajo continua vivo, escreveu qualquer coisa sem sentido, mas é um sinal de vida. Ainda bem que não me faz reflectir para além disto, porque coisas que me chateiem, já tenho que cheguem”.
Como vêm, a coisa funcionava para os dois lados: eu não tinha que me esforçar a escrever algo cheio de conteúdo – ou pelo menos algum – e quem lesse não teria que se maçar a interpretar o que lia.
Por exemplo, hoje dava para escrever que passei a manhã a debater-me sobre o que almoçar depois de ver o que tinha em casa: uma alface, vários tipos de ervas aromáticas, entre as quais carqueja, rosmaninho, segurelha e manjericão, arroz, açúcar, batatas e outros produtos básicos, ovos (já comi a dose semanal, pelo que “passei”), molho de côco e amendoim, e ainda, todos os ingredientes necessários a fazer um excelente caril de frango ou gambas, excepto o frango ou as gambas, e várias cervejas, todas de marcas belgas, excepto uma porter americana. Enquanto me debatia sobre o que fazer, ouvi na rádio que estava a decorrer o festival dos chícharos em Alvaiázere. Como nunca provei chícharos, achei que não seria má ideia deslocar-me à terreola para experimentar. A net iformou-me que tal não seria possível: 1º porque Alvaiázere era suficientemente distante para que pudesse chegar a tempo de almoço, 2º porque os chícharos se parecem demasiado com favas, coisa que detesto.
Como o meu médico de família me aconselhou a ter cuidado e comer saudável, acabei por fazer uma sandes de coiratos fumados, uma folha de alface e duas rodelas de tomate. E bebi a porter americana que joga bem com os coiratos. Com tanto legume – tomate, alface e cevada – espero que o meu nível de colesterol desça para níveis aceitáveis.
Enquanto almoçava discorria sobre a possibilidade da natureza ter feito asneira ao criar os peixes com espinhas: barabatanas sim, para poderem nadar, rabinho também, para servir de leme, mesmo a cabeça é aceitável – quem desdenha de uma boa cabeça de pescada ou de corvina cozida, acompanhada de batatas e couves, bem regada por um belo azeite das beiras, com menos de 0,4% de acidez? – agora espinhas? Quantas vidas, na história da humanidade não se teriam salvo até hoje se os peixes não tivessem espinhas?
Fico feliz por acabar o texto com este pensamento tão profundo, bem ao nível daquilo que afirmei no início como meu desígnio.
Pois,pois... cuidado com os coiratos!
ResponderEliminarO que um microondas e um supermercado por perto não fazem, meu caro...
ResponderEliminar“Olha! O tipo continua vivo, escreveu qualquer coisa sem sentido, mas é um sinal de vida. Ainda bem que não me faz reflectir para além disto, porque coisas que me chateiem, já tenho que cheguem..." :p
ResponderEliminarTu pediste e eu obedeci eheheheh
Gostei deste texto :)))
Beijinho e bom fim de semana :)
Sou praticamente vegetariano, dispenso os peixes ;)
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