sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nas primeiras semanas de Janeiro e como é hábito desde há muitos anos, decorreu em Florença a Pitti Uomo, feira anual onde os mais famosos alfaiates e as maiores marcas italianas de roupa e sapatos para homem, divulgam as suas últimas criações.
Não sou grande adepto da chamada “linha italiana” - aprecio mais o corte inglês - mas como faço por ter uma mente aberta, reconheço que os italianos, em alguns aspectos, têm aberto caminhos que os ingleses, em razão do seu proverbial conservadorismo, têm ignorado.

Pitti Uomo (Lino Ieluzi)

Contudo, é curioso agora verificar que alguns dos grandes mestres italianos estão a deixar cair um dos pormenores que os mais distinguia dos ingleses, e que era a da desestruturação dos ombros dos fatos. Quem sabe se daqui a uns tempos, e como é hábito na moda italiana onde se vai do 8 ou 80 em menos de nada - é só ver como as bandas dos casacos ou a largura das calças têm sucessivamente alargado e estreitado ao longo dos últimos 40 anos - não começaremos a ver por aí ombros bem enchumaçados como se viam nos anos 70 ou mesmo nos filmes dos anos 40 do século passado.
Seja como for, o que não se pode ignorar é que os italianos continuam a vestir-se muito bem, a usarem as melhores matérias primas e a serem por isso italianos, a maioria dos homens todos os anos considerados na lista dos mais elegantes do mundo.


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