terça-feira, 12 de junho de 2012

Portugal vs Brasil (Logo se analisará o caso Playboy Brasil vs Playboy Portugal)


Pequena conversa que mantive numa das maiores livrarias de Lisboa, há tempos atrás: 
- Tem o último livro do Jô Soares? 
- Qual? “O homem que matou Getúlio Vargas”? 
- Não. O último mesmo: “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”. 
- Hum...não, esse não. 
- Nem prevê quando terão? 
- Não. Deve estar em fase de tradução! 
- ????
Desiludido penso: caramba, cada vez nos distanciamos mais!

Mas depois, passo os olhos por um dos livros de pequenas histórias do Alçada Baptista, e leio uma delas, que é mais ou menos isto:
Um amigo meu, diplomata brasileiro, é destacado para a embaixada do seu país em Haia. Chegado á cidade à noite, na manhã seguinte, apressa-se a telefonar para o Embaixador. 
Responde-lhe o porteiro: 
- Não está. 
Conhecedor da hierarquia da embaixada, foi inquirindo na tentativa de falar com alguém, mas a resposta foi sempre a mesma: 
- Não está. 
Farto da resposta repetida, inquire: 
- Mas ninguém trabalha de manhã? 
- Não, de manhã não estão. De tarde é que não trabalham! 

Respiro aliviado: Afinal, nem tudo está perdido!

3 comentários:

  1. Ainda não encontrei o livro, nem na feira! Mas olha que o último livro que li de uma brasileira, sem tradução, tornava a leitura difícil. Há uma série de palavras que eles usam que nós não conhecemos... :)

    Essa história de Alçada Batista está muito bem apanhada! :D

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  2. Hahahahhahahahahahahaah Olha que de lá para cá não é, de facto, necessário tradução (apesar de, como diz a Teté. a leitura não ser fácil), mas de cá para lá, é absolutamente necessária... É, realmente, outra língua...

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Eu leio todos com atenção. Mas pode não ser logo, porque sou uma pessoa muito ocupada a preencher tempos livres!