Manuel Maria
Barbosa du Bocage não foi, como alguns pensam,
um tipo que contava anedotas
e de vez em quando tecia uns sonetos.
Não, Manuel Maria
Barbosa du Bocage foi um poeta
que de vez em quando
dizia uma anedota
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno.
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno.
Devoto incensador de mil deidades,
(Digo de moças mil) num só momento
Inimigo de hipócritas, e frades.
Eis Bocage, em quem luz algum talento.
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia, em que se achou cagando ao vento
é um belo poeta, apesar de ter a imagem um pouco elidida pelo anedotário.
ResponderEliminarPois é Moyle, por vezes chateia-me quando me vêm com anedotas do Bocage e nem se lembram da vertente poética
Eliminarpara além de poeta ou contador de anedotas, o Manel Maria foi um figurão eheheh
ResponderEliminarFoi mesmo, Francisco. A série que deu na tv estava muito bem feita, e dava um retrato bem real dele. Viveu bem vida, o magano :)
EliminarSim, a série estava magnifica e o gajo que o interpretava assentava que nem ginjas. A estátua que tem lá no meio do largo com o seu nome, deve perdurar para todo o sempre. A não ser que o Mourinho ganhe outra Champions e aí compreende-se que ser tire de lá a do Manel Maria e se coloque uma do Zé Mário :)
EliminarCom o que se faz por cá, Francisco, nem me admirava que tal acontecesse :)
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