Relato este episódio, absolutamente verídico, porque, numa sociedade ainda muito cheia de preconceitos de todo o tipo que nos transforma no povo triste que somos, o achei quase surreal.
Zé, (nome fictício) trabalhou na mesma empresa que eu durante alguns anos. Era - suponho que ainda é - um tipo extrovertido, muito bem educado, divertido e que se apresentava sempre impecavelmente. Além disso, era gay. E não fazia da sua opção sexual qualquer segredo, isto apesar da estrutura da empresa não ver com muito bons olhos esse tipo de questões publicitadas, para mais, trabalhando o Zé no Marketing e portanto, com constantes contactos com o público.
Um dia, soube que M. teria tido um grave acidente de automóvel. Imaginei que tivesse sido em serviço, uma vez que estávamos a meio da semana. Liguei para o seu serviço e indaguei sobre o que acontecera e só me souberam dizer que tinha sido na noite anterior, e que teria sido realmente grave, encontrando-se ele em coma. Nos dias seguintes foram surgindo notícias que davam conta de que o acidente teria contornos algo insólitos, mas ninguém sabia contar o que realmente se passara. No fim da semana seguinte, foi-me comunicado que Zé saíra de coma e que estava em recuperação. Fiquei mais descansado e passado uns dias quase nao me lembrava dele, sabendo só de quando em vez que ele estava a melhorar, mas que ainda iria demorar até voltar a trabalhar.
Passados sensivelmente 6 meses, encontrei-o na sede da empresa, já completamente recuperado, e de posse da sua habitual boa disposição. Cumprimentou-me com a exuberância natural nele, perguntei-lhe se estava restabelecido e sem perder tempo - a curiosidade é uma coisa lixada - perguntei-lhe:
- Ouve, soube que o teu acidente foi um bocado estranho. Conta- me lá, o que se passou? - ele riu- se e respondeu:
- Bem, foi realmente invulgar. Ia para casa, e quando passei por debaixo de um viaduto ali
em Benfica, um tipo que ia a passar por cima, despistou-se e caiu com o carro em cima do meu. Isto contaram-me depois, claro, que eu só senti o impacto, nao me lembro de mais nada. O meu carro ficou parecia uma bolacha e eu, com umas quantas fracturas. Os médicos dizem que foi um milagre ter sobrevivido.
- Acredito. Mas que coisa tão estranha, Zé.
- Pois foi. Mas no meio daquilo tudo houve uma coisa gira - disse-me ele a rir.
Coisa gira? Num acidente com aquela gravidade? Estranhei mas como já lhe conhecia as
originalidades, fiquei a espera do que ali viria.
- Sabes? já me caíram alguns homens em cima, mas enlatado foi o primeiro!
Zé, (nome fictício) trabalhou na mesma empresa que eu durante alguns anos. Era - suponho que ainda é - um tipo extrovertido, muito bem educado, divertido e que se apresentava sempre impecavelmente. Além disso, era gay. E não fazia da sua opção sexual qualquer segredo, isto apesar da estrutura da empresa não ver com muito bons olhos esse tipo de questões publicitadas, para mais, trabalhando o Zé no Marketing e portanto, com constantes contactos com o público.
Um dia, soube que M. teria tido um grave acidente de automóvel. Imaginei que tivesse sido em serviço, uma vez que estávamos a meio da semana. Liguei para o seu serviço e indaguei sobre o que acontecera e só me souberam dizer que tinha sido na noite anterior, e que teria sido realmente grave, encontrando-se ele em coma. Nos dias seguintes foram surgindo notícias que davam conta de que o acidente teria contornos algo insólitos, mas ninguém sabia contar o que realmente se passara. No fim da semana seguinte, foi-me comunicado que Zé saíra de coma e que estava em recuperação. Fiquei mais descansado e passado uns dias quase nao me lembrava dele, sabendo só de quando em vez que ele estava a melhorar, mas que ainda iria demorar até voltar a trabalhar.
Passados sensivelmente 6 meses, encontrei-o na sede da empresa, já completamente recuperado, e de posse da sua habitual boa disposição. Cumprimentou-me com a exuberância natural nele, perguntei-lhe se estava restabelecido e sem perder tempo - a curiosidade é uma coisa lixada - perguntei-lhe:
- Ouve, soube que o teu acidente foi um bocado estranho. Conta- me lá, o que se passou? - ele riu- se e respondeu:
- Bem, foi realmente invulgar. Ia para casa, e quando passei por debaixo de um viaduto ali
em Benfica, um tipo que ia a passar por cima, despistou-se e caiu com o carro em cima do meu. Isto contaram-me depois, claro, que eu só senti o impacto, nao me lembro de mais nada. O meu carro ficou parecia uma bolacha e eu, com umas quantas fracturas. Os médicos dizem que foi um milagre ter sobrevivido.
- Acredito. Mas que coisa tão estranha, Zé.
- Pois foi. Mas no meio daquilo tudo houve uma coisa gira - disse-me ele a rir.
Coisa gira? Num acidente com aquela gravidade? Estranhei mas como já lhe conhecia as
originalidades, fiquei a espera do que ali viria.
- Sabes? já me caíram alguns homens em cima, mas enlatado foi o primeiro!
Esperemos que seja o último. eheheh...
ResponderEliminarSem dúvida, Vera. Um azar destes
EliminarIsso é que é ter sentido de humor:)
ResponderEliminarTem mesmo, RST :)
Eliminar...ahahahahahahahahaha...
ResponderEliminar(e pronto, foi o meu primeiro comentário aqui, não prometo um futuro risonho, pois não?) :)
Porque não, francisco? :)
EliminarAhahah, que grande sentido de humor que tem esse Zé/M. E esse viaduto que falas em Benfica é um autêntico cancro: bastam 5 minutos de chuva, para os despistes se sucederem atrás uns dos outros... Não sabia é que alguém já tinha galgado aquilo e caído cá em baixo! ;)
ResponderEliminarTem mesmo, Teté. Um tipo impecável :)
Eliminar(pode não ser o mesmo viaduto, Teté. Não sei bem em qual foi)
It's raining men!
ResponderEliminarLá está.
Pois :)
Eliminarao menos não foi uma traseirada violenta. isso era tããããããããõ cliché!
ResponderEliminareheheh! Era mesmo Moyle
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