O Portátil XL há muito que se qeixava (não percebo porquê, nunca lhe bati, só se fosse pelo excesso de horas de laboração), e ontem acordou a dar berros agonizantes que se ouviam no andar de baixo. Claro que a Isaura aproveitou para vir cá acima ver se eu estava a bater na minha mulher, mas eu sosseguei-a e mostrei-lhe de onde vinham os gritos, e ela foi-se embora desiludida por não ter de que me chacinar junto aos outros bisbilhoteiros do café da esquina.
Assim, em conselho familiar, foi decido conceder ao desgraçado a aposentadoria (da qual regressará daqui a uns tempos remoçado, e entretanto foi substituído por um mais moderno, mais fininho e leve - notei na face do velho quando viu o neoófito um olhar misto de inveja e ódio (afinal, a juventude e a elegância são duas dos atributos mais invejados, e ainda não se descobriu a fonte da juventude dos portáteis) - com tantas luzinhas que parece uma mini árvore de Natal.
Vamos ver agora é se este não passa já à idade do armário e me começa a dar dores de cabeça.
Para já, faz-me a letra mais bonita.
E uma letra bonita é inestimável nos tempos que correm. :)
ResponderEliminarTenho saudades de ter vizinhos bisbilhoteiros, acreditas? É a pura das verdades. Tenho saudades de tanta outras coisas... Isso fica para outros comentários.
ResponderEliminarVai descobrindo as funcionalidades da juventude, podem ser impulsivos, mas têm uma garra! Própria de quem é novo.
Um beijinho.
Quase que não te reconhecia a caligrafia.
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