Die Ehe der Maria Braun - Rainer Werner Fassbinder (1979)
Este filme de Fassbinder - um belo exemplo do então "novo cinema alemão"- é uma metáfora sobre a ascensão alemã no pós-guerra, após as muitas interrogações sobre o que fazer com a herança nazi.
Este filme de Fassbinder - um belo exemplo do então "novo cinema alemão"- é uma metáfora sobre a ascensão alemã no pós-guerra, após as muitas interrogações sobre o que fazer com a herança nazi.
O filme conta a história de Maria Braun (Hanna Schygulla) que casa com Hermann num dia de 1943, mesmo antes de este ser mandado para a frente de combate, despedindo-se os dois com juras de amor.
Hermann desaparece, e dizem a Maria que Hermann terá morrido.
Os tempos de guerra são difíceis, e Maria chega à conclusão que uma das formas de fugir da miséria total é usar a sua beleza e o seu corpo e tornar-se prostituta, embora continue a amar o marido.
O seu relacionamento mais forte acaba por ser com Bill, um soldado americano.
Contudo, Hermann está vivo e regressa numa noite em que Maria recebe o amante. Os dois homens lutam e Maria, ao defender o marido, acaba por matar o americano. Maria diz ao marido que contu«inua a amá-lo, conta-lhe da sua miséria durante a guerra e o que se vira obrigada a fazer para sobreviver. Hermann acredita nela e entrega-se como autor do crime, sendo condenado a uma pena de prisão.
Durante o tempo que o marido cumpre, Maria torna-se amante de um rico industrial, Oswald, mantendo no entanto o marido a par da situação, e dizendo-lhe que se trata simplesmente de um meio de manter o seu nivel de vida. É esse relacionamento que permite a Maria tornar-se rica e comprar uma casa.
Entretanto, Oswald visita Hermann na prisão e faz com ele um estranho pacto.
A partir daqui, não adianto mais sobre o filme, uma vez que tal tiraria algum interesse a quem nunca viu esta obra mestra de Fassbinder.
Este filme, faz parte de uma série que o realizador alemão fez durante os 70 sobre a mulher germânica, e é sobretudo um filme sobre o "milagre alemão", sobre relacionamentos e comprometimentos.
Um grande filme que conta com a interpretação brilhante de Hanna Schygulla, uma magnífica actriz então no seu auge, que além do talento, exibe a sua beleza muito fora do mainstream e acima de tudo, extremamente sensual e que a tornou a actriz alemã mais desjada da sua época dourada.
Classificação de 5***** ( a ver também do mesmo realizador e actriz "As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant").
Esta história é meio inverossímil, então a aceitar-se o argumento da guerra e tempos difíceis, as mulheres alemãs - e por força as de outros países atingidos - tornar-se-iam prostitutas/ É esta uma ode aos cornos? Coimo filme pode ser até genial, mas como moralidade é chulo.
ResponderEliminarNão vi este filme. O único que vi de Fassbinder não gostei, era um triângulo amoroso banalíssimo, só que com a particularidade dos envolvidos serem gays. Fiquei sem vontade de tornar a ver outro filme dele, mas claro que posso estar enganada... ;)
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