Os cortinados corridos, isolavam-na do Verão que se soltava quente lá fora. Só um ou outro raio de sol se esgueirava, atrevido, pelas pequenas frinchas abertas na junção, a meio da janela, e o quarto permanecia assim numa semi-obscuridade particularmente agradável naquelas condições.
E no entanto, apesar do escuro, os olhos dele, vivos e brilhantes, eram-lhe perfeitamente nítidos. Sentia-os percorrerem-lhe o corpo e sentia-o abrasado. Queria o olhar, mas muito mais que isso. Queria-lhe as carícias, a paixão. Queria-lhe o toque, a pele. Queria o calor e a suave pressão do corpo dele sobre o seu. E sabia que ele lhe daria tudo isso. O assentimento dos seus olhos chamaram-no e ele veio. Mergulhou-lhe a cabeça no colo e ela enredou-lhe os dedos esguios pelo cabelo e trouxe-o ainda mais a si. Ele sentiu-lhe o aveludado húmido, o cheiro forte de mulher que o chamava, e beijou-lho, percorreu-lhe a intimidade, deixando nela um rasto de paixão que a fez arquear as ancas. Naquele momento, sentiu que nenhuma partícula dela se mantinha ligada à realidade.
Puxou-lhe mais a cabeça. Queria-lhe sentir o bafo quente no pescoço, e ele foi subindo, nunca deixando que os seus lábios perdessem contacto com a sua pele lisa, deixando-lhe um rasto de saliva no ventre, no umbigo perfeito, onde ao passar, não resistiu à tentação de se aprofundar na carícia. Amava-lhe a pele, com aquela ligeira penugem que lhe fazia lembrar a casca sedosa de um pêssego. Ao percorrer-lha com o nariz bem colado, parecia-lhe sempre que dela se soltava o aroma do fruto a que a sua imaginação a ligava. E a ela, a barba, cortada mas não o suficiente que não lhe sentisse suaves arranhadelas, faziam-na estremecer, em espasmos de desejo cuja causa e consequência não iludiam.
E ela puxava-o mais a si, não o deixava parar por muito tempo e ele, obediente subia. Chegava-lhe aos seios. Pequenos, cabiam-lhe na concha da mão comprida de homem, e eram brancos. E parecia-lhe que estavam sempre túrgidos, como se ela estivesse em estado de permanente excitação.
E no entanto, apesar do escuro, os olhos dele, vivos e brilhantes, eram-lhe perfeitamente nítidos. Sentia-os percorrerem-lhe o corpo e sentia-o abrasado. Queria o olhar, mas muito mais que isso. Queria-lhe as carícias, a paixão. Queria-lhe o toque, a pele. Queria o calor e a suave pressão do corpo dele sobre o seu. E sabia que ele lhe daria tudo isso. O assentimento dos seus olhos chamaram-no e ele veio. Mergulhou-lhe a cabeça no colo e ela enredou-lhe os dedos esguios pelo cabelo e trouxe-o ainda mais a si. Ele sentiu-lhe o aveludado húmido, o cheiro forte de mulher que o chamava, e beijou-lho, percorreu-lhe a intimidade, deixando nela um rasto de paixão que a fez arquear as ancas. Naquele momento, sentiu que nenhuma partícula dela se mantinha ligada à realidade.
Puxou-lhe mais a cabeça. Queria-lhe sentir o bafo quente no pescoço, e ele foi subindo, nunca deixando que os seus lábios perdessem contacto com a sua pele lisa, deixando-lhe um rasto de saliva no ventre, no umbigo perfeito, onde ao passar, não resistiu à tentação de se aprofundar na carícia. Amava-lhe a pele, com aquela ligeira penugem que lhe fazia lembrar a casca sedosa de um pêssego. Ao percorrer-lha com o nariz bem colado, parecia-lhe sempre que dela se soltava o aroma do fruto a que a sua imaginação a ligava. E a ela, a barba, cortada mas não o suficiente que não lhe sentisse suaves arranhadelas, faziam-na estremecer, em espasmos de desejo cuja causa e consequência não iludiam.
E ela puxava-o mais a si, não o deixava parar por muito tempo e ele, obediente subia. Chegava-lhe aos seios. Pequenos, cabiam-lhe na concha da mão comprida de homem, e eram brancos. E parecia-lhe que estavam sempre túrgidos, como se ela estivesse em estado de permanente excitação.
Beijou-lhos. Um de cada vez, como gostava, ao mesmo tempo que ia acariciando o outro, com pequenos e suaves movimentos circulares da ponta dos seus dedos. Aqueles dedos dele pareciam-lhe que tinham vida própria. Nunca pensara que aquela específica parte da anatomia de um homem lhe pudesse provocar tal volúpia. Por vezes, só a sua visão bastava para a deixar alterada.
Depois, subiu até ela. Até ela lhe sentir o respirar quente e ofegante na nuca quando ele lhe mordeu ao de leve o lóbulo da pequena orelha, iniciativa que a deixou quase desmaiada. Sentiam cada um, do outro a respiração cada vez mais acelerada, e ele sabia que ela se preparava para o acolher em si. E como ele ansiava por se perder naquele pequeno ninho de desejo húmido. Mas não sem antes a beijar de modo a que ela sentisse o seu próprio sabor, que ele trazia, em gotículas, presas nos seus lábios.
Depois, subiu até ela. Até ela lhe sentir o respirar quente e ofegante na nuca quando ele lhe mordeu ao de leve o lóbulo da pequena orelha, iniciativa que a deixou quase desmaiada. Sentiam cada um, do outro a respiração cada vez mais acelerada, e ele sabia que ela se preparava para o acolher em si. E como ele ansiava por se perder naquele pequeno ninho de desejo húmido. Mas não sem antes a beijar de modo a que ela sentisse o seu próprio sabor, que ele trazia, em gotículas, presas nos seus lábios.
Nessa altura, ele despediu-se, o que provocou nela um gesto de contrariedade.
Levou a mão direita às coxas, ao preciso sítio onde elas se encontram, e sentiu-lhes a tepidez. Percebeu na ponta dos dedos, como o algodão leve das cuecas estava mais que húmido, molhado. E foi pelos seus dedos que saboreou o seu próprio corpo. Ao mesmo tempo, desligou o telefone.
Tinha que acabar com aqueles telefonemas que lhe estavam a dar cabo do equilíbrio. Mas a voz dele, funda e quase sussurrada, era uma tentação muito superior à sua vontade.
Levantou-se e entreabriu as cortinas. Recebeu na pele os últimos raios de sol. Foi como se os lábios dele a percorressem pela última vez, nesse dia.
Levou a mão direita às coxas, ao preciso sítio onde elas se encontram, e sentiu-lhes a tepidez. Percebeu na ponta dos dedos, como o algodão leve das cuecas estava mais que húmido, molhado. E foi pelos seus dedos que saboreou o seu próprio corpo. Ao mesmo tempo, desligou o telefone.
Tinha que acabar com aqueles telefonemas que lhe estavam a dar cabo do equilíbrio. Mas a voz dele, funda e quase sussurrada, era uma tentação muito superior à sua vontade.
Levantou-se e entreabriu as cortinas. Recebeu na pele os últimos raios de sol. Foi como se os lábios dele a percorressem pela última vez, nesse dia.
E sentiu a derradeira vertigem
Oh Vic... Francamente... Uma pessoa pronta para ir dormir... e de repente lê uma coisa destas? É suposto conseguir adormecer? :S
ResponderEliminar(excelente, by the way)
eheheh, não percebo qual o problema, Elsa :)
EliminarSe não percebes é muito bom sinal :D eheh kidding
EliminarOutro excelente texto!:)
ResponderEliminarA propósito do que disse a S., eu pergunto se TU vais conseguir dormir?:)
ResponderEliminarGracias, Nina:). Nem que seja com um xanax, durmo sempre bem:)
EliminarVou ali e venho já (eheh).
ResponderEliminarE volta, Maya :)
EliminarHot!
ResponderEliminarYes, Queen? :)
EliminarA distância pode até ser afrodisíaca se ocasionar separações intermitentes.
ResponderEliminarPois é ... as mãos masculinas na pele, qual " casca sedosa de um pêssego", a barba de três dias... está quase tudo:)
Belo texto, Vic.
Gracias, Margarida. É o que dá a experiência :)
EliminarEssas provocações podem ser deliciosas. Há que saber estimular todos os sentidos.
ResponderEliminarTambém acho, S* :)
EliminarUi, com esta é que eu não contava!
ResponderEliminarEu que venho aqui, antes do almoçar, a pensar que vou ler um texto daqueles que me fazem rir à gargalhada e me deixam logo bem disposta. E afinal deparo-me com este texto para me abrir o (outro) apetite. Não há condições, Vic, mesmo ;p
Mam'zelle, a vida é (e deve ser) sempre uma caixinha de surpresas :)
EliminarQuem ficou com vertigens foi esta Pérolazita, nem mais.
ResponderEliminarComo eu a entendo! Há coisas irresistíveis e mais não posso dizer.
Um beijo.
P.S. Escreves duma forma que 'prende', quero mais...
Bom que gostastes, Pérola. Logo que possa, lá virá outro texto com ligações a este :)
EliminarVic Miller is that you? muy sensual.....ohhhhhhh simmmmm
ResponderEliminarXuxi, tadinho de mim, um micróbio ao pé do Miller. Gracias pelas interjeições :)
EliminarBom texto.
ResponderEliminarTudo de bom.
Muito obrigado, São :)
EliminarAhahah, aqui houve festa rija... pelo telefone! Não percebo é o que o equilíbrio tem a ver com o caso... talvez o orçamental, nas contas domésticas, mas pronto, não se pode ter tudo! :D
ResponderEliminarO equilíbrio emocional, Teté, naturalmente :)
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